Diones Henrique de Souza Marinho, de 32 anos, confessou ter matado Dinah Marinho Amorim, de 27; filho do casal, de 6 anos, presenciou o crime e ficou em choque

Um homem de 32 anos foi preso suspeito de matar a ex-esposa, Dinah Marinho Amorim, de 27 anos – assassinada a facadas dentro da própria casa, em Vista da Serra I, na Serra. O corpo da vítima foi encontrado na manhã de segunda-feira (11) por uma amiga, que entrou no imóvel e viu o filho de seis anos do casal, que contou ter presenciado o crime. A Polícia Civil relatou em boletim de ocorrência que a prisão de Diones Henrique de Souza Marinho ocorreu no bairro São Francisco, na Serra, no final da tarde de segunda-feira (11).
Após o crime, equipes da Delegacia Especializada de Homicídios contra a Mulher (DHPM) iniciaram buscas por Diones. A Guarda Municipal encontrou o carro dele, um Citroën C3, em uma área de mata e acionou a Polícia Civil. Durante as diligências, o homem foi visto caminhando próximo ao veículo e acabou abordado. Questionado sobre o assassinato de Dinah, ele confessou o crime e foi preso.
Mulher foi morta na frente do filho
Dinah Marinho Amorim foi encontrada sem vida, com marcas de facadas, após uma amiga, a pedido da mãe da vítima, ir à casa dela verificar se a jovem estava na residência. Isso porque ela não respondia às mensagens e não foi ao trabalho. Chegando ao imóvel, a mulher encontrou o filho de seis anos de Dinah, que contou que a mãe estava morta dentro da casa.
Para a amiga conseguir entrar no local, o menino entregou a chave pela janela. A cena vista por quem a encontrou foi descrita como "desesperadora". A descoberta do crime ocorreu na segunda-feira, mas a criança contou aos parentes que viu um homem forte encapuzado golpeando a mãe na noite de domingo (10). O menino disse que chegou a pedir socorro pela janela da casa por muito tempo, mas ao ficar cansado, foi dormir ao lado do corpo da mãe.
A família disse que a única vez que Dinah teria agido de forma incomum foi no próprio domingo, quando ligou para a mãe pedindo para ir morar com ela, pois não podia mais viver sozinha. Na ligação, ela não explicou por qual motivo estava fazendo a solicitação.
Frequentadora da Assembleia de Deus, a jovem era participativa nas atividades de igreja. Conhecida por ser amável, ela era a mais velha de quatro filhos e vivia pelo menino de seis anos. Uma irmã contou estar incrédula e disse que a mãe delas está inconsolável.
Eu não acreditei, já que estava conversando com ela na noite anterior. Às oito horas da noite eu estava falando com ela. Ela era a última pessoa da família que eu pensaria que pudesse acontecer algo assim
X. Irmã de Dinah, que não quis se identificar

Já uma prima passou mal ao receber a notícia. Ao chegar na cena do crime não chegou a entrar, mas viu as marcas da janela sujas de sangue, que segundo ela, parecem ter sido feitas quando o criminoso fugiu.
Dinah era uma mulher amável, cantava lindamente na igreja, era querida, fazia de tudo pelo filho e não tinha briga com ninguém. Só queremos justiça. Eu não consigo acreditar até agora
X. Prima de Dinah, que não quis se identificar
Filho em choque
A familiares contaram que a criança está em estado de choque. Ele falou aos parentes que quando crescer quer fazer justiça pela mãe. Os relatos deixam os parentes mais entristecidos por saber que o menino vivenciou todo o crime
Ele até a perguntou por que o homem estaria agredindo a mãe dele e recebeu como resposta: 'Porque eu quero'. Ele fala que está de coração partido toda hora. Nem conseguiu chorar
XPrima de Dinah, que não quis se identificar
A irmã de Dinah contou que o sobrinho, por ser muito novo, não consegue recordar de forma concreta de alguns detalhes. A cada vez que questionam sobre quais eram a vestimenta, ele dá descrições diferentes. Agora, a família pede e clama por justiça para ter um pouco de paz. "Não consigo para de pensar em tudo. Eu primeiro achei que tinha sido enforcada, mas quando cheguei, descobri que era facada. Eu só penso que ela sofreu. Queremos justiça", frisou a prima da vítima.
Polícia investiga crime
Após a prisão do suspeito do crime, a reportagem voltou a procurar a Polícia Civil para dar mais detalhes sobre os procedimentos adotados em relação ao homem, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.
Fonte: A Gazeta