Médica envolvida em sequestro de bebê é detida suspeita de participação em assassinato


Aprisão temporária ocorreu em Itumbiara, investigação indica ligação com morte de farmacêutica em 2020

Médica é presa em Goiás suspeita de participar de homicídio em MG — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A médica Cláudia Soares Alves, conhecida por ter sequestrado um recém-nascido em um hospital de Uberlândia em 2024, foi novamente presa. Desta vez, ela é investigada por envolvimento no assassinato de uma farmacêutica ocorrido em 2020. A prisão aconteceu nesta quarta-feira (5), em Itumbiara, no sul de Goiás. Além dela, dois homens também foram detidos.


Relacionamento com ex-da vítima

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Cláudia chegou a manter um relacionamento com o ex-companheiro da vítima. No dia do crime, a farmacêutica foi surpreendida ao chegar para trabalhar em uma farmácia em Uberlândia. Um homem armado entregou uma carta para ela e, logo depois, efetuou os disparos. A mulher morreu no local.

Segundo as investigações, após a morte, Cláudia chegou a se casar com o ex-marido da vítima. No entanto, o relacionamento durou apenas dois meses. Ainda conforme a polícia, o homem decidiu se afastar ao perceber sinais de desequilíbrio emocional e o desejo da médica de assumir o papel de mãe da filha menor que ele tinha com a vítima.

A farmacêutica teria proibido o contato da filha com o pai quando ele estivesse acompanhado da médica, por considerar Cláudia perigosa. Para a polícia, isso teria motivado a médica a planejar o homicídio para tentar retomar o relacionamento e ficar com a criança.


Evidências e prisões

A investigação apontou que o assassinato foi cometido com o uso de uma motocicleta com placa adulterada. O veículo pertencia a dois vizinhos da médica — pai e filho — que também foram presos. Em depoimentos, tanto Cláudia quanto um dos suspeitos admitiram estar em Uberlândia no dia do crime e apresentaram um álibi posteriormente desmentido pela polícia.

A operação contou com apoio da Polícia Civil de Goiás, e os mandados de prisão e busca foram autorizados pela Justiça de Uberlândia.


Caso do sequestro do bebê

Em julho de 2024, Cláudia sequestrou uma recém-nascida no Hospital das Clínicas da UFU, em Uberlândia. Funcionária concursada, ela vestiu um jaleco pediátrico, entrou no quarto dos pais e afirmou que levaria o bebê para ser amamentado no banco de leite do hospital. Depois disso, fugiu com a criança.

A bebê foi localizada horas depois em uma casa no bairro Jardim Morumbi, em Itumbiara, graças à troca de informações entre as polícias de Goiás e Minas. A médica foi presa em flagrante e, no carro dela, os policiais encontraram um grande enxoval novo para menina, levantando suspeita de planejamento prévio. Cláudia alegou que os itens seriam presentes para sua empregada, mas a mulher estava grávida de um menino, contrariando a versão.

Na época, a defesa afirmou que a médica sofre de transtorno bipolar e estava em crise psicótica no momento do crime.






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