Especialistas dizem que, mesmo com projeções de redução nos valores do grão no próximo ano, custos elevados e fatores de oferta ainda devem manter o café longe de ser considerado “barato” para consumidores e produtores.
O preço do café no Brasil — que passou por um período de forte valorização em 2025 — deve seguir em trajetória de baixa ao longo de 2026, segundo projeções de analistas do setor, mas essa queda não deve ser suficiente para torná-lo acessível como no passado.
Em 2025, o grão tinha acumulado aumentos recordes em seu valor ao longo do ano, com inflação expressiva no consumidor final desde os meses iniciais.
Modelos de mercado mostram que as condições climáticas mais favoráveis previstas para o final de dezembro de 2025 e início de 2026 podem ajudar no desenvolvimento das lavouras, especialmente do café arábica, a variedade mais produzida no país. Caso as chuvas sejam adequadas no início do próximo ano, a produção tende a se ampliar e ajudar a recompor estoques, pressionando os preços para baixo.
Contudo, especialistas lembram que a recuperação não será imediata: os últimos anos de clima adverso — com calor e seca em várias regiões produtoras — ainda deixam a oferta limitada e o mercado com oferta reprimida. Essa situação dificulta quedas significativas nos valores do grão, que já vinham elevados.
Assim, mesmo que os indicadores apontem tendência de queda, o café deve permanecer com preços altos — acima dos níveis que os consumidores brasileiros consideram baratos — ao longo de 2026.


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