O
volume de serviços no país cresceu 1,2% em setembro na comparação com agosto,
quando caiu 0,1%. Essa foi a maior alta desde agosto do ano passado, de acordo
com a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje pelo IBGE.
O
setor, que havia apresentado cinco taxas negativas durante o ano, mostra
recuperação ao sair do patamar negativo no acumulado no ano. “Com essa alta, o
volume de serviços zera as perdas ao longo de 2019 e passa a mostrar expansão
no acumulado do ano de 0,6%, superando em 0,1% o patamar de dezembro de 2018”,
comenta o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Até
agosto, o volume de serviços havia acumulado tantas taxas negativas no ano que
se encontrava 1,5% abaixo do nível de dezembro de 2018. Na soma dos últimos 12
meses, o crescimento está em 0,7%.
O
avanço no volume de agosto para setembro teve destaque para o setor de
transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio que, com alta de
1,6%, recuperou a perda de 0,7% de agosto. Outra alta significativa foi nos
serviços profissionais, administrativos e complementares, de 1,8%, sendo o
segundo resultado positivo seguido da atividade, que acumula ganho de 2,6%. Em
contrapartida, os serviços de informação e comunicação, com queda de 1%
assinalaram a única taxa negativa de setembro, eliminando, portanto, parte do
ganho de 2,3% acumulado entre julho e agosto.
No
confronto com setembro do ano anterior, o volume de serviços apontou expansão
de 1,4%, após ter registrado retração de 1,3% em agosto. Houve aumento em
apenas 80 dos 166 tipos de serviço pesquisados (48,2%).
Locação de automóveis em alta
As
principais contribuições positivas para o volume de serviços na comparação com
setembro de 2018 vieram de locação de automóveis, corretoras de títulos e
valores mobiliários, transporte duto viários serviços de engenharia e
desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizavam, além
de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet.
Em
setembro, o índice de atividades turísticas cresceu 4,8% frente a agosto, que
havia apresentado retração de 4,5%. Comparado a setembro do ano passado, o
setor apresentou expansão de 1%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de
receita das empresas de locação de automóveis. Contudo, os segmentos de
transporte aéreo e rodoviário de passageiros e de restaurantes apontaram as
principais influências negativas sobre a atividade.
Já os
serviços que mais influenciaram o índice negativamente na comparação com
setembro de 2018 foram os de operadoras de TV por assinatura por satélite,
transporte rodoviário de carga, administração de fundos por contrato ou
comissão, consultoria em tecnologia da informação, soluções de pagamentos
eletrônicos, atividades de agenciamento marítimo e operação dos aeroportos.
SP e RJ puxam resultados positivos
O bom
resultado não foi sentido em todo o país: apenas 11 das 27 unidades da
federação avançaram frente a setembro do ano passado. As principais
contribuições positivas ficaram com São Paulo (3,3%) e Rio de Janeiro (3,5%),
onde o segmento de tecnologia da informação exerceu o impacto positivo mais
significativo. Por outro lado, as influências negativas mais relevantes vieram
da Bahia (-5,6%) e do Rio Grande do Sul (-2,3%), pressionados, especialmente,
pelo ramo de transporte rodoviário de cargas.
Mas,
em comparação a agosto, 14 das unidades da federação tiveram expansão no volume
de serviços. Com destaque para São Paulo (1,6%), Rio de Janeiro (1,5%), Paraná
(1%) e Distrito Federal (1,3%), sendo que os três primeiros recuperaram
integralmente as perdas de agosto. Já os principais resultados negativos em
relação ao mês anterior vieram do Espírito Santo (-4,4%) e da Bahia (-2,2%).
Fonte:
IBGE NOTICIAS



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