A demanda de
passageiros da aviação mundial teve crescimento de 2,4% em janeiro na
comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o menor aumento de demanda desde
abril de 2010, quando uma erupção vulcânica na Islândia provocou diversos
cancelamentos de voos na Europa. Desta vez, de acordo com a Associação
Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), o responsável
pela desaceleração do crescimento foi o coronavírus.
Em comunicado, o
diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac, explica que os impactos do
coronavírus sobre os números do setor devem ser ainda maiores nos próximos
meses. "Janeiro foi apenas a ponta do iceberg em termos de impactos sobre
o tráfego, dado que as maiores restrições de viagens na China começaram após 23
de janeiro", afirma.
No Brasil, que
responde por 1,1% do mercado mundial de aviação, a demanda doméstica de
passageiros, medida pelo RPK, subiu 2,1% na comparação anual, enquanto que a
oferta de assentos subiu 0,1%, o que levou a taxa de ocupação a 85,7%.
A maior alta na
demanda interna foi nos Estados Unidos, com RPK 7,5% em um ano. A China teve a
maior queda, de 6,8%.
A América Latina
apresentou desempenho mais fraco que o Brasil, com alta de apenas 0,4% na
demanda, de 0,3% na taxa de ocupação.
De acordo com a Iata,
o tráfego das companhias aéreas na região tem sido "particularmente
fraco" por meses seguidos, pressionado por fatores como as dificuldades
econômicas e as tensões sociais em alguns países do continente.
Fonte: Folha Vitoria