Prática ganhou notoriedade na luta contra covid-19
Um ato
tão simples e corriqueiro se tornou uma das maiores armas contra a pandemia que
assola o mundo. A prática de lavar as mãos ganhou notoriedade na luta contra a
covid-19 como uma atitude fundamental para a higienização e o combate à
transmissão do vírus.
Mas a
importância da lavagem das mãos vem de antes do início da pandemia e está
relacionada a várias outras doenças. Por isso, no dia 15 de outubro é
comemorado o Dia Mundial da Lavagem de Mãos. A data visa chamar a atenção para
essa atitude cotidiana em sua contribuição para evitar a contaminação e a
infeção das pessoas. Neste ano o tema é “Higiene nas mãos para todos”.
Nos
esforços contra a pandemia do novo coronavírus, a prática foi objeto de normas
e campanhas promocionais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma
campanha com o tema “Salve vidas: lave as mãos”. A entidade divulgou um
“desafio” nas redes sociais convidando indivíduos a publicarem vídeos mostrando
situações em que estão higienizando as mãos.
A OMS tem em seu site na internet imagens que indicam as formas adequadas de lavar as mãos (https://www.who.int/gpsc/clean_hands_protection/en/). O sabão deve ser aplicado nas palmas. É recomendado esfregar as mãos entremeando os dedos. Outro movimento importante é de não esquecer de utilizar a palma da mão fechada para limpar os polegares.
Pesquisa
Um
estudo da marca de produtos de saúde Tork concluiu que 75% dos entrevistados
está lavando mais as mãos após o início da pandemia. Mas, entre os consultados,
77% relataram realizar o procedimento para proteger a si mesmos e não a partir
de uma preocupação em evitar problemas de saúde também para outras pessoas.
Das pessoas que participaram do estudo, 78% afirmaram lavar as mãos após voltar de um local público, mas apenas 38% declararam fazer isso antes de sair de casa para um local onde há circulação de pessoas.
Redução de doenças
De
acordo com os organizadores do dia mundial, a prática pode reduzir doenças
relacionadas à diarreia entre 30% e 40% e infecções respiratórias em até 20%.
Além disso, auxilia no combate à transmissão de doenças como cólera e
hepatite E.
Contudo, ainda há 40% da população sem acesso à infraestrutura para lavar as mãos. Enquanto nos países mais ricos este índice chega perto da universalização, nos mais pobres ele fica em 28%. E, entre os que possuem, em 47% dos casos a estrutura é fixa.
Brasil
Assim
como nas orientações da OMS, as autoridades de saúde do Brasil também adotaram
a lavagem de mãos como estratégia fundamental contra a covid-19. O Ministério
da Saúde recomenda a prática como uma forma de evitar a transmissão do novo
coronavírus. Nas diretrizes, é admitida tanta a lavagem com água e sabão quanto
a higienização com álcool em gel 70%.
No
Guia de Vigilância Epidemiológica: Emergência de Saúde Pública de Importância
Nacional pela Doença pelo Coronavírus 2019, publicado pelo ministério em agosto
deste ano, consta que a higienização de mãos é a “medida mais efetiva na
redução da disseminação de doenças de transmissão respiratória”.
“As
evidências atuais indicam que o vírus causador da covid-19 é transmitido por
meio de gotículas respiratórias ou por contato. A transmissão por contato
ocorre quando as mãos contaminadas tocam a mucosa da boca, do nariz ou dos
olhos. O vírus também pode ser transferido de uma superfície para outra por
meio das mãos contaminadas, o que facilita a transmissão por contato indireto”,
explica o documento.
No
protocolo do Ministério da Saúde para a retomada das aulas, a higienização das
mãos é indicada como uma das medidas individuais de proteção recomendadas aos
alunos e profissionais da educação. O procedimento deve abarcar até a altura
dos punhos e a substância higienizadora pode ser água e sabão ou álcool em gel
70%.
Em seus protocolos, governos estaduais também colocam a higienização como cuidado necessário. Naquelas atividades que permaneceram abertas ou que foram retomadas após algum tempo, a lavagem de mãos ou a higienização com álcool em gel 70% são elencadas como obrigação para órgãos públicos, comércios e espaços com circulação de pessoas.
Com Informações Agência Brasil