Pesquisadores detectam molécula de água na Lua
Dois
estudos publicados na "Nature Astronomy" nesta semana apontam para a
presença de água na Lua, numa descoberta que tem grande impacto nas futuras
missões ao satélite e também a Marte.
Estudos
anteriores já tinham reportado a presença de água na superfície da Lua,
sobretudo nas proximidades do polo sul lunar. No entanto, essas detecções foram
baseadas em observações que não são capazes de diferenciar o H2O propriamente
dito de outros compostos de oxigênio e hidrogênio presente em minerais.
Uma
das novas pesquisas é baseada em observações feitas no Observatório
Estratosférico de Astronomia Infravermelha (Sofia, na sigla em inglês) - um
observatório aéreo capaz de análises em comprimento de onda que oferecem
resultados mais específicos. Desta forma, ele consegue detectar a 'assinatura'
específica do H2O que não é compartilhada por outros compostos de hidrogênio e
oxigênio.
Casey
Honniball e colegas descobriram que a água está presente em altas latitudes ao
sul, num volume que seria de 100 a 400 partes por milhão. Os autores sugerem
que esta água estaria armazenada em grãos da superfície lunar, devidamente
protegida das duras condições ambientais.
Um
outro estudo, assinado por Paul Hayne e colegas, examinou a distribuição de
áreas que estão permanentemente sob sombras, onde a água poderia estar
congelada. Os especialistas detectaram reservatórios de gelo de até um
centímetro de diâmetro. Eles descobriram que esses micro reservatórios de gelo
são milhares de vezes mais presentes do que os reservatórios maiores, sobretudo
nos dois polos. Os cientistas calcularam que cerca de 40 mil metros quadrados
da superfície lunar teria a capacidade de armazenar água congelada.
Essas
descobertas indicam que a água seria produzida na Lua por diferentes processos
e armazenada na superfície das regiões polares nesses micro reservatórios de
gelo.
Com Informações Noticias ao Minuto