Juros médios do cartão de crédito caíram 0,3 ponto percentual, mas são de 309,9% ao ano. As duas categorias são as mais caras disponíveis no mercado
A taxa
de juros do cheque especial voltou a registrar alta em setembro, depois de
consecutivos meses de queda no primeiro semestre de 2020. A modalidade de
crédito chegou ao patamar de 114,2% ao ano, aumento de 1,3 ponto percentual em
relação a agosto.
Os
dados foram divulgados nesta segunda-feira (26) pelo BC (Banco Central).
Já a
taxa de juros do cartão de crédito caiu pelo segundo mês consecutivo e foi a
309,9%, queda de 0,3 ponto percentual na comparação com o mês anterior. Apesar
disso, o cartão segue como categoria de empréstimo mais cara do mercado. Por
isso, o brasileiro deve evitá-la ao máximo para não se endividar e entrar na
conhecida "bola de neve".
Os
percentuais são as médias de juros cobrados pelos bancos dos clientes que tomam
dinheiro emprestado nas duas modalidades — as mais caras disponíveis.
Cheque
especial
Depois
de registrar a primeira alta do ano em agosto, a taxa de juros do cheque
especial voltou a subir em setembro e foi a 114,2% ao ano. No primeiro
semestre, a modalidade registrou quedas consecutivas e chegou ao seu menor
patamar no ano em julho (111,7%).
Considerando
a taxa do cheque especial, uma dívida de R$ 1.000, adquirida agora, por
exemplo, vai custar R$ 2.142 daqui um ano, caso as condições permaneçam iguais.
Isso quer dizer que, na prática, o valor dobra um ano depois.
Cartão de crédito
A taxa
de juros do cartão de crédito manteve a trajetória de queda observada em agosto
e caiu novamente em setembro. Agora, a modalidade de empréstimo está
em 309,9% ao ano, na média praticada pelos bancos brasileiros.
Seguindo
o mesmo exemplo usado acima, uma dívida de R$ 1.000, contraída em setembro de
2020 no cartão de crédito, chegará a custar R$ 4.099 em agosto do ano que vem,
caso as condições se mantiverem as mesmas. Na prática, em um ano, a dívida
saltará para um valor quatro vezes maior do que o inicial.
Alternativas de crédito
Como
forma de fugir das taxas de juros do cheque especial e do cartão de crédito,
uma boa alternativa é o crédito consignado. A modalidade registrou taxa de
18,5% ao ano, em média, no mês de setembro, o sétimo recuo em 2020.
Levando
em conta a mesma dívida hipotética de R$ 1.000 tomada em agosto de 2020, o
valor devido custará R$ 1.185 no ano que vem, caso as circunstâncias se
mantenham as mesmas.
Nesta
modalidade, uma das mais baratas disponíveis, o dinheiro é diretamente descontado
da folha de pagamento do salário do trabalhador ou da aposentadoria.
Com Informações R7 Notícias