Através de um novo processo com células-tronco, a equipe de pesquisa foi capaz de curar a diabetes em camundongos.
Cientistas
da Universidade de Alberta, no Canadá, acreditam ter encontrado uma
cura para a diabetes. Através de um novo processo com células-tronco, a
equipe de pesquisa foi capaz de curar a diabetes em camundongos,
com esperança de que o processo também funcione em humanos.
Dr.
James Shapiro, principal pesquisador do projeto, afirmou à CTV News
Edmonton que a equipe foi capaz de colaborar com especialistas de todo o
mundo para transformar o sangue do próprio paciente em células produtoras
de insulina.
“Agora estamos no ponto em que podemos
fabricar com segurança células produtoras de insulina a partir do sangue de
pacientes com diabetes tipo 1 ou 2”, disse ele. “Colocar essas células em
camundongos diabéticos e reverter a diabetes até o ponto em que a
doença esteja totalmente curada.”
“É necessário que haja dados preliminares e que um determinado grupo de pacientes demonstrem ao mundo que isso é possível, seguro e eficaz”.
Vinte
anos atrás, Shapiro fez história com o “Protocolo de Edmonton“, um procedimento
que dá aos pacientes novas células produtoras de insulina, graças a transplantes
de ilhotas, grupo de células do pâncreas que produzem insulina e
glucagon, de doadores de órgãos.
Porém,
esse procedimento requer o uso de fortes medicamentos anti-rejeição que
carregam efeitos colaterais significativos. Dr. Shapiro afirmou que
este novo processo de células-tronco eliminaria tal problema. “Se forem células
próprias, os pacientes não irão rejeitar”.
De
acordo com Shapiro, mais testes serão necessários antes que a equipe possa
transferir os testes de animais para pessoas. “É necessário que haja dados
preliminares e que um determinado grupo de pacientes demonstrem ao mundo que
isso é possível, seguro e eficaz”.
O
pesquisador acrescentou que a falta de financiamento é um grande obstáculo, e
que um pequeno grupo de voluntários pretende arrecadar US$ 22 milhões até 2022
para financiar pesquisas em parceria com a Fundação do Instituto de
Pesquisa da Diabetes do Canadá.
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 422 milhões
de pessoas vivem com diabetes no mundo, com 1,6 milhão de mortes atribuídas
diretamente à doença a cada ano.
Com Informações Exame