O governo do Estado decidiu manter suspensas, pelo menos por enquanto, as aulas presenciais nas escolas da rede pública e privada de educação básica localizadas em municípios classificados como de risco moderado para o novo coronavírus. A decisão final sobre essa questão, no entanto, ficará a cargo do governador Renato Casagrande.
O
assunto foi debatido durante uma reunião que durou mais de quatro
horas, entre o final da tarde e a noite desta terça-feira (24). Participaram do
encontro representantes do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino
do Espírito Santo (Sinepe-ES), do Sinpro-ES, Sindiupes, Sindipúblicos e
Ministério Público Estadual, além da Procuradoria Geral do Estado (PGE), do
Corpo de Bombeiros e das secretarias estaduais de Educação, Saúde, Governo,
Recursos Humanos e Planejamento.
De
acordo com a Sedu, durante a reunião, o governo do Estado apresentou dados
técnicos e científicos do cenário da pandemia no Espírito Santo e da situação
das escolas. Por meio de nota, a secretaria informou que está sendo avaliada a
possibilidade de reabertura das unidades de ensino nos municípios de risco
moderado e que uma nova reunião será realizadas nesta quarta-feira (25) com
todos os membros da Sala de Situação e o governador Renato Casagrande, para uma
definição.
As
aulas presenciais estão proibidas de serem realizadas, temporariamente, em
Vitória, Cariacica, Viana, Ecoporanga e Barra de São Francisco. A suspensão
começou nesta semana, após mudanças anunciadas na última sexta-feira (20), pelo
governo do Estado, no Mapa de Risco da covid-19 no Espírito Santo, que passou a
classificar essas cidades como risco moderado para o novo coronavírus. De
acordo com determinação do governo do Estado, só pode haver aulas presenciais
em municípios do risco baixo.
O
presidente do Sinepe-ES, Moacir Lellis, que também participou da reunião
desta terça-feira, destacou que o protocolo de biossegurança, estabelecido pelo
governo do Estado, está sendo rigorosamente cumprido pelas escolas particulares
do Espírito Santo e que, até o momento, não foi constatado nenhum caso de
infecção pelo novo coronavírus dentro do ambiente escolar.
“Conforme
o protocolo, temos que encaminhar um relatório para a Sedu, toda semana, sobre
as ocorrências de covid-19 nas escolas. Até agora, não temos conhecimentos de
que, nas nossas escolas, algum funcionário, professor ou aluno foi infectado
dentro da escola. Quando ocorre a infecção, geralmente é em casa, por meio de
um familiar”, destacou Lellis.
“Os
riscos de contaminação nas escolas são muito baixos. O protocolo que seguimos é
um dos mais exigentes do Brasil e até de fora do país. Durante a reunião foram
apresentados dados científicos que demonstram que as escolas podem sim
funcionar nas cidades de risco moderado”, completou.
Com Informações Notícias 24 horas