Agência reguladora concedeu licença à vacina Pfizer/BionTech
A
Agência Reguladora de Saúde e Produtos Médicos do Reino Unido (MHRA, a sigla em
inglês) concedeu licença formal à vacina contra a covid-19 do grupo
Pfizer/BioNTech. Com isso, o Reino Unido torna-se o primeiro país a começar a
vacinar a população contra a doença, o que ocorrerá na próxima semana, informou
o Ministério da Saúde britânico em comunicado.
O
Reino Unido fechou o acordo com a farmacêutica Pfizer para a compra de 40
milhões de doses.
O
primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, classificou como
"fantástica" a aprovação do uso da vacina, salientando que ela vai
ajudar as pessoas a recuperar sua vida.
"É
fantástico que a MHRA [sigla inglesa da Agência Reguladora de Saúde e Produtos
Médicos] do Reino Unido tenha licenciado formalmente a vacina do grupo
Pfizer/BioNTech contra covid-19. A vacina estará disponível em todo o Reino
Unido a partir da próxima semana", disse Johnson no Twitter.
"É
a proteção das vacinas que, no final, nos permitirá recuperar
a vida e reiniciar a economia", acrescentou Johnson, que
concederá hoje entrevista em sua residência em Downing Street.
A luz
verde das autoridades do Reino Unido ocorre meses depois de testes clínicos
rigorosos e extensa análise de dados por especialistas da MHRA. Eles
concluíram que a vacina atendeu aos padrões estritos de segurança,
qualidade e eficácia", disse o Ministério da Saúde britânico. Os
resultados dos testes em grande escala mostraram 95% de eficácia.
A
Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nessa terça-feira (1º) que
realizará reunião extraordinária no dia 29 de dezembro, "o mais
tardar", para dar, ou não, luz verde à comercialização da vacina da Pfizer
e BioNTech.
A
Pfizer disse que começaria imediatamente a enviar a vacina com
estoque limitado para o Reino Unido, que as doses são escassas e
inicialmente serão racionadas até que mais vacinas sejam fabricadas nos
primeiros meses do próximo ano.
Embora
o Reino Unido tenha encomendado a vacina Pfizer suficiente para 20 milhões de
pessoas, não está claro quantas doses vão chegar até o fim deste ano. São
necessárias duas doses, com intervalo de três semanas, para proteção.
O
governo britânico já disse que os primeiros a receber a vacina serão os
profissionais de saúde, seguidos por adultos mais velhos.
Outras vacinas
Os
reguladores britânicos também analisam a vacina feita pela AstraZeneca e pela
Universidade de Oxford, mas o primeiro-ministro, Boris Johnson, alertou que
primeiro o país deve "navegar por um inverno rigoroso" de restrições
para tentar conter o vírus, até que haja vacina suficiente para todos.
Em 9
de novembro, a farmacêutica norte-americana Pfizer e a parceira biotecnológica
alemã BioNTech anunciaram que a sua vacina experimental para a covid-19 tinha
90% de eficácia, partindo da análise de 94 casos da doença.
Mais
recentemente, a empresa de biotecnologia norte-americana Moderna
informou que sua candidata a vacina é 94,5% eficaz na prevenção da
covid-19, tendo em conta a análise de 95 casos.
A
Rússia também anunciou que a Sputnik V contra a covid-19, desenvolvida pelo
Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em Moscou, tem
eficácia de 95%, segundo resultados preliminares.
O
primeiro lote de Sputnik V para o mercado externo chegará às pessoas em janeiro
de 2021, com base nos acordos já firmados com parceiros estrangeiros.
O
laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram também que sua
vacina tem taxa média de eficácia de 70%.
*Com informações da RTP/Agência Brasil