Competição acirrada e queda nas vendas de smartphones são motivos cruciais que podem levar a sul-coreana a deixar esse mercado
A
fabricante sul-coreana LG pode deixar o mercado de smartphones ainda
neste ano. Segundo o jornal coreano The Korea Herald, o presidente da
empresa, Kwon Bong-seok, notificou os funcionários de que a companhia está
considerando fazer grandes mudanças para os negócios de celulares.
Nos
últimos cinco anos a LG perdeu cerca de 4,5 bilhões de dólares quando o assunto
são os smartphones vendidos pela companhia. “Uma vez que a competição no
mercado global para dispositivos móveis está ficando mais acirrada, é hora da
LG fazer um julgamento e a melhor escolha. Estamos considerando todas as
medidas possíveis, incluindo vendas, retiradas e diminuição do nosso braço de
smartphones”, diz o comunicado enviado ao The Korea Herald.
O
comunicado interno acontece depois de um relato de um site coreano mais cedo
neste mês que afirmou que a LG iria sair do mercado de smartphones. À época, a
companhia afirmou que a informação era “falsa e sem mérito”. Ao site
americano The Verge, a LG afirmou que o comunicado atual era genuíno, mas
que “nada fora decidido ainda”.
Apesar
das mudanças que podem vir a acontecer, a empresa afirmou que manterá os
empregos dos funcionários. De acordo com rumores, cerca de 60% da força de
trabalho da LG deve ser transferida para outras unidades de negócios ou para
outras afiliadas.
A
informação vem mesmo após a fabricante apresentar seu celular com tela enrolada
na CES deste ano. O aparelho, que deve ser lançado ainda em 2021, pode ser o
último da companhia a chegar no mercado.
Antes
disso, a LG havia prometido “fatores uau” para tentar atrair novos consumidores
e fazer com que o setor se tornasse lucrativo novamente. Mas competir com a
também sul-coreana Samsung (líder com 29,1% da fatia do mercado global segundo o
site StatCounter) é uma tarefa complicada.
No
terceiro trimestre de 2020, a LG enviou 6,5 milhões de smartphones – uma
redução expressiva quando comparado ao mesmo período de 2019, segundo o Counterpoint.
A participação de mercado da empresa no final do ano passado era de apenas 2%.
Com Informações Exame