Pfizer planeja propor dose de reforço devido à variante Delta

A vacina da Pfizer está sendo aplicada no Brasil, com intervalo de 3 mesesALBERT GEA/REUTERS - 06.07.2021

A Pfizer planeja pedir aos órgãos que regulamentam medicamentos dos EUA e da Europa que autorizem uma dose de reforço de sua vacina contra a covid-19, com base em evidências de maior risco de infecção 6 meses após a inoculação, diante da propagação da variante Delta, altamente contagiosa.

O FDA (Food and Drug Administration) e o CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças) afirmaram, no entanto, em uma declaração conjunta, que os norte-americanos que foram completamente imunizados não precisam de uma dose de reforço neste momento. A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) não respondeu a um pedido de comentário sobre o assunto, até o momento.

Alguns cientistas questionam a necessidade da dose de reforço. O diretor científico da Pfizer, Mikael Dolsten, afirmou que a queda na eficácia da vacina, recentemente relatada em Israel, se deu principalmente em pessoas que foram vacinadas em janeiro ou fevereiro. O Ministério da Saúde do país disse que a eficácia da vacina na prevenção de infecções e doenças sintomáticas caiu para 64% em junho.

"A vacina da Pfizer é altamente ativa contra a variante Delta", afirmou Dolsten em uma entrevista. Mas depois de seis meses, acrescentou, "é provável que haja o risco de reinfecção, pois os anticorpos, conforme previsto, diminuem". Os dados serão enviados ao FDA no próximo, segundo ele.

A Pfizer não divulgou os dados completos sobre o estudo israelense na quinta-feira (8), mas apontou que será publicado em breve.

"É um pequeno conjunto de dados, mas acho que a tendência é precisa: devido à variante Delta ser mais contagiosa, há risco de infecções leves 6 meses depois da imunização completa, afirma disse Dolsten.

O FDA e o CDC, em declaração conjunta, disseram: "Estamos preparados para doses de reforço se e quando a ciência demonstrar que elas são necessárias."

R7



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