Caminhoneiros vão ao Congresso e pedem CPI da Petrobras


O Conselho Nacional dos Trabalhadores de Transportes e Logística (CNTTL) enviou ao Congresso Nacional um abaixo-assinado para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras. A categoria quer que deputados e senadores apurem abusos nos preços dos combustíveis e distribuição de ativos da estatal.

Além do CNTTL, assinam a solicitação o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).

Os caminhoneiros teriam entregue o pedido no começo deste mês, antes mesmo do reajuste do diesel anunciado pela Petrobras nesta semana. A estatal reajustou o valor do combustível em 8,9%, passando para R$ 3,06 nas refinarias. O último reajuste foi em julho, quando a Petrobras aumentou o valor do diesel em 3%.

A categoria afirma que os reajustes da Petrobras são abusivos e prejudicam os consumidores. Após o anúncio da petrolífera, os caminhoneiros passaram a cogitar a realização de nova paralisação em outubro.

"Tem vários motoristas querendo parar, mas tudo vai depender desse encontro no Rio. Nossa intenção não é essa e sim sentar e dialogar para todos saírem com ótimas condições de trabalho, sem ter que paralisar nosso país", disse Plínio Dias, presidente do CNTRC, ao UOL.

O encontro citado por Dias está previsto para 16 de outubro. Até lá, a categoria cobra a instalação da CPI da Petrobras. Há quem diga que essa seria uma condição para evitar uma possível paralisação.

Se confirmada, essa será a terceira tentativa e a segunda manifestação efetiva dos caminhoneiros em 2021. A primeira tentativa foi em fevereiro, após os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis. Por falta de adesão, a categoria desistiu de seguir em frente com a paralisação.

A segunda aconteceu entre os dias 8 e 11 de setembro deste ano. Caminhoneiros paralisaram algumas rodovias em manifestações a favor do governo Jair Bolsonaro. Após pedido de Bolsonaro, os manifestantes desbloquearam as pistas e recuaram os protestos.

Fonte: Brasil Econômico


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