DIA DE SANTA: criação de novo feriado nacional é cancelado


A proposta de criação de um novo feriado nacional, em homenagem a Santa Dulce dos Pobres, foi modificada e já aprovada no Senado. Inicialmente, a data seria em 13 de março. No entanto, citando impactos econômicos, o senador proponente alterou o projeto e passou a data para 13 de agosto, se tornando apenas um dia nacional.

De acordo com informações da Agência Senado, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), autor do projeto, fez as mudanças por acreditar em impactos econômicos e dificuldades na aprovação da iniciativa.

A nova data foi escolhida porque 13 de agosto já é tradicionalmente um dia de homenagens à Irmã Dulce por todo o estado da Bahia.

O projeto que institui a homenagem (PL 4.028/2019) foi aprovado na quinta-feira (18) pela Comissão de Educação (CE) e segue para análise da Câmara dos Deputados.

Para o autor, é uma justa homenagem à primeira santa brasileira reconhecida oficialmente pela Igreja Católica. A canonização ocorreu no dia 13 de outubro de 2019, em cerimônia celebrada pelo Papa Francisco.

Irmã Dulce nasceu em 1914 em Salvador e morreu em 1992 na mesma cidade, tendo dedicado sua vida a ajudar os pobres e miseráveis, principalmente nas áreas de saúde e educação de crianças e jovens.

Angelo Coronel lembra que, ainda muito jovem, Irmã Dulce entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Aos 19 anos, recebeu o hábito de freira das Irmãs Missionárias. Um de seus primeiros grandes feitos se deu em 1939, quando fundou o Colégio Santo Antônio, uma escola voltada para operários e filhos de operários.


Em 1949, Irmã Dulce usou um galinheiro que ficava ao lado do Convento Santo Antônio para alojar 70 doentes. "Irmã Dulce construiu o que se tornaria depois o maior hospital da Bahia, a partir de um galinheiro. E em 1959 foi criada a Associação Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), seguida pelo Albergue Santo Antônio. Ela foi o anjo bom da Bahia, admirada nacional e mundialmente porque viveu única e exclusivamente para ajudar os mais pobres", resume Coronel na justificativa do projeto.

Trajetória da santa

A proposta teve como relator na CE o senador Flávio Arns (Podemos-PR), que também foi enfático ao falar da Irmã Dulce.

— O trabalho de Irmã Dulce era dedicado aos mais pobres, aos desvalidos, aos sem casa, aos que estavam na sarjeta: o marginal, a prostituta, o desvalido. E a vinculação à saúde tem muito a ver com o trabalho e o legado que deixou após 60 anos de intensos trabalhos. Hoje as Obras Sociais Irmã Dulce [Osid] contabilizam 2,2 milhões procedimentos ambulatoriais por ano e dispõem de 954 leitos em 5 hospitais. A Osid também oferta Ensino Fundamental para 750 crianças e adolescentes e fornece 1,7 milhão refeições gratuitas de por ano — exemplificou Arns durante a votação da homenagem.

Fonte: Agência Senado


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