Sonda espacial da Nasa toca Sol pela primeira vez


Uma sonda encostou oficialmente no Sol pela primeira vez na história, anunciou a agência espacial americana (Nasa) nesta terça-feira. Trata-se da Parker Solar Probe, lançada em 2018, que fez uma viagem pela camada mais externa da atmosfera do Sol, conhecida como coroa.

Segundo a Nasa, a sonda entrou em uma região onde os campos magnéticos são suficientemente fortes para dominar o movimento das partículas energéticas. Os resultados foram publicados na revista científica Physical Review Letters e aceitos para publicação no periódico Astrophysical Journal.

Os cientistas informaram que a sonda voou pela coroa em abril em meio à oitava aproximação da espaçonave ao Sol. Os pesquisadores disseram ainda que demoraram meses para obter os dados de volta e depois confirmá-los.

O especialistas explicaram que a exploração da área de perto pode ajudar a entender melhor as explosões solares capazes de interferir na vida na Terra. As informações também vão auxiliar a compreender sua evolução e sua influência no sistema solar.

— Parker Solar Probe tocar o Sol é um momento monumental para a ciência solar e um feito verdadeiramente notável — disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missão Científica na sede da NASA em Washington. — Este marco não apenas nos fornece percepções mais profundas sobre a evolução de nosso Sol e seus impactos em nosso sistema solar, mas tudo que aprendemos sobre nossa própria estrela também nos ensina mais sobre estrelas no resto do universo.

A Parker estava a 13 quilômetros de distância do centro do sol quando cruzou pela primeira vez a fronteira irregular entre a atmosfera solar e o vento solar. A espaçonave "mergulhou" para dentro e para fora da coroa pelo menos três vezes, cada uma com uma transição suave, de acordo com os cientistas.

A sonda continuará se aproximando do Sol e avançando na coroa até uma grande órbita final em 2025. Dados preliminares sugerem que Parker também encostou no Sol em agosto, mas os estudiosos afirmaram que mais análises são necessárias.

Fonte: O Globo


Postagem Anterior Próxima Postagem