Homem é preso suspeito de agredir a companheira com cabeçada, chute e mordida


Um homem de 38 anos foi preso no bairro Nova Rosa da Penha, em Cariacica, suspeito de agredir a companheira de 42 anos com cabeçada, chute e mordida. De acordo com a Polícia Militar, a mulher já tinha uma medida protetiva contra o agressor e, mesmo assim, ele não respeitou a lei.

No Departamento Médico Legal de Vitória (DML), Eno Henrique Rodrigues da Silva deu outra versão. "Ela bebe todo dia, bebe cachaça. E quando eu vou falar, estou errado. Eu vou trabalhar todo dia, ao chegar ela está bêbada dentro de casa e as meninas mal cuidadas", disse o suspeito.

"Então ela se altera e pega a faca para me atacar. Tudo por causa do telefone velho dela. Ela diz que eu quebrei o telefone dela, mas eu não quebrei, escapuliu da minha mão e caiu no chão. Simplesmente isso", afirmou o homem.

No entanto, os hematomas na mulher mostram o oposto do que foi dito pelo suspeito. Segundo a vítima, uma dona de casa de 42 anos, a marca no olho foi uma cabeçada dada pelo homem. Já no braço, foi uma mordida e na costela, um chute. Ainda de acordo com a mulher, o celular que o suspeito citou nuca existiu nessa história.

"Eu estava lavando roupa e ele falou que ia no serviço receber. Ele foi e quando voltou trouxe uma bebida junto. Eu comecei a beber e lavar roupa. Ele usou drogas e começou a me chamar toda hora para falar que eu estava traindo ele com outro homem e que minhas roupas estavam rasgadas", contou a dona de casa.

"Ele ameaçou retirar minhas roupas. Olhou tudo que eu tinha dentro do guarda-roupa. Eu mandava ele parar, porque não queria levar essa briga até os meus parentes", afirmou.

A mulher disse ainda que durante as agressões conseguiu revidar e fugir. "Ele começou a jogar a garrafa em mim e eu continuei deitada. Quando fui levantar para sair, ele me deu a cabeçada no olho, dois socos no peito que me deixaram com falta de ar e um soco na costela. Consegui dar uma pisada nele e sai correndo para a rua", disse.

A vítima contou que em outra ocasião foi agredida mesmo estando grávida do suspeito. Segundo ela, os motivos eram sempre os mesmos: desconfianças e traições. A dona de casa afirmou que as traições nunca aconteceram e que já teve a costela quebrada pelo agressor.

A filha da vítima chegou a tentar intervir em uma das agressões. Na maioria das vezes, de acordo com a dona de casa, o homem estava embriagado.

"Inclusive a minha filha chegou a dar uma facada na perna dele, para poder me soltar, porque ele estava me machucando muito. Eu já levei seis pontos em cima da sobrancelha por causa de um soco", disse a mulher.

A mulher contou que em outro momento foi agredida na boca, o que a deixou com fortes dores nos dentes. Ela não conseguiu falar direito por alguns dias por causa da agressão.

"Na última vez que ele me agrediu, eu não chamei a polícia, mas ele machucou a minha boca toda por dentro. Eu fiquei quase uns 15 dias sem falar direito, não podia rir e demorou mais de uma quinzena para sarar", desabafou.

Essa foi a primeira vez que o companheiro da vítima foi preso por causa das agressões. Segundo a Polícia Civil, o suspeito de 38 anos foi encaminhado para o Centro de Triagem em Viana e vai passar por uma audiência de custódia, que vai definir se ele fica preso ou não.

"Não tenho o que fazer. Eu não trabalho e as meninas precisam dele. Então, acabamos dando uma chance, mas não darei mais nenhuma. Eu vou arrumar um serviço, vou trabalhar e ele vai viver a vida dele longe de mim, que volte para a Bahia", afirmou a vítima.

A Polícia Civil informou, também, que o homem foi autuado em flagrante pelo crime de lesão corporal, ameaça e injúria, na forma da Lei Maria da Penha.

Fonte: TV Vitória/Record TV


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