VÍDEO: Alunos atingem escola com rojões e estagiária perde parte da audição

Ataques gerou tumulto na frente da escola no bairro Consolação, em Vitória — Foto: Priciele Venturin/TV Gazeta

A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor João Bandeira da Silva, em Vitória, foi alvo de ataques com rojões nesta quinta-feira (17) e também durante a manhã e parte da tarde desta sexta-feira (18). Uma estagiária de pedagogia perdeu parte da audição após um dos artefatos explodir próximo a ela.

De acordo com a representante do Conselho Escolar da Emef João Bandeira da Silva, Sidilene Amon, os rojões foram arremessados dentro da escola pelos próprios alunos, que estariam insatisfeitos após uma série de desentendimentos com professores da unidade.

"Ontem teve um desentendimento entre alunos e professores, alguns alunos ameaçaram a diretoria falando que jogariam rojões. Achamos que não iria acontecer, mas se confirmou. Peço para as mães, os pais, para não passar a mão na cabeça. Vamos educar nossos filhos. Recebi relatos que são agressões verbais e físicas também, de alunos contra professores. Começam a agredir verbalmente dentro da escola e fora da escola fisicamente", disse a representante, que também atua como liderança comunitária do bairro Consolação.

Os conselhos de políticas públicas são grupos criados pela Prefeitura de Vitória, em diversas áreas, e compostos por membros do poder público e da sociedade civil, com o objetivo de intermediar demandas de cidadãos para com o poder executivo municipal.

A Prefeitura de Vitória foi questionada pela reportagem sobre as agressões físicas e verbais de alunos contra professores, informadas pela represente do conselho, mas até a publicação desta matéria não houve retorno específico sobre a demanda.

Estagiária perde parte da audição após ataque

Na quinta-feira (17), primeiro dia de ataques, um dos artefatos explodiu próximo a uma estagiária de pedagogia da unidade, Camila Vieira da Silva. O barulho alto fez com que o ouvido dela sangrasse e, após realizar exames, foi constada a perda de parte da audição.

A educadora Cassandra da Silva Vieira, mãe de Camila, esteve na tarde desta sexta-feira na escola para pedir a transferência da filha à outra unidade de ensino de Vitória, e presenciou o segundo dia de explosões.

"Estou tentando a transferência dela dessa escola. Ela está com baixa audição, mas vamos repetir todos os exames na semana que vem. Sou educadora, trabalho em Vila Velha, e estou horrorizada com tudo isso que está acontecendo", disse Cassandra.

Reunião entre escola, guarda e prefeitura

Após os ataques um tumulto se formou na porta da escola. Na parte de dentro, a secretaria de educação de Vitória, Juliana Rohsner Vianna Toniati, membros da diretoria da unidade, representantes da Guarda Municipal e do conselho realizavam uma reunião para discutir medidas de controle à situação atual, e também de prevenção aos problemas de relacionamento entre o corpo docente e estudantes.

Não houve, ainda, esclarecimentos a respeito das decisões tomadas no encontro. De acordo com Sidilene Amon, a medida paliativa definida até o momento é a presença de mais agentes da guarda no entorno da escola, para evitar novos ataques.

Questionada sobre a situação desta sexta-feira, a Secretria de Educação de Vitória (Seme) informou em nota que "tão logo tomou ciência da ocorrência, na tarde desta sexta-feira (18), acionou a Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) e enviou uma equipe técnica ao local. A ocorrência está em andamento".

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu), também por nota, disse que "agentes de Proteção Comunitária da Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV) foram acionados pela direção para prestar apoio no atendimento aos alunos e servidores da instituição".



Fonte: G1


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