VÍDEO: Cadeirante do ES salta de pêndulo em Colatina: 'Andar na rua é mais difícil'


O capixaba João Pedro Baia, de 21 anos, enfrentou um novo desafio no último fim de semana. Cadeirante desde 2017, quando sofreu um acidente no motocross, ele saltou de pêndulo na Segunda Ponte de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo.

O movimento do pêndulo é uma prática de esporte radical que consiste no balanço em uma corda semelhante ao rapel. João contou que sempre gostou dos esportes radicais, mas nunca havia se aventurado no pêndulo.

Morador de Mantenópolis, o rapaz destacou que teve o apoio dos amigos para se aventurar no último domingo (13) em Colatina.

"Uma semana antes, eu estava fazendo rapel em uma cachoeira com uns amigos. Quando a gente terminou de descer, eles me propuseram fazer o pêndulo e eu topei. Entramos em contato com o pessoal que faz lá em Colatina e eles perguntaram se a gente sabia como prender a cadeira. Eu disse que sim, porque já fazia rapel", disse.

Foto: Reprodução/ Instagram/ João Pedro Baia

João descreveu a sensação de saltar da ponte como algo inexplicável. "Foi uma experiência única. É até difícil explicar o que eu senti. A adrenalina é muito gostosa. Logo que você é puxado de volta, a sensação que fica é muito boa".

O desafio de saltar da ponte e ficar pendurado por uma corda não é, nem de longe, o maior que João precisa enfrentar. Ao comparar o cotidiano nas ruas sem acessibilidade para cadeirantes e pessoas com deficiência, o jovem afirma que os esportes radicais são mais fáceis e prazerosos.

"Andar na rua é muito mais difícil que praticar esportes radicais. A rua não me traz benefícios. Já na natureza, quando estou praticando esporte, é gostoso. Eu vejo que posso superar, o esporte me mostra isso", desabafou.


Após o acidente de motocross, em 2017, João teve uma lesão medular. O jovem chegou a ficar sem os movimentos do peito para baixo. Com as sessões de reabilitação, atualmente ele já consegue até ficar de pé com ajuda de andador e já sente o movimento na cintura.

O esporte e o apoio que recebe da família e dos amigos foram peças fundamentais no processo de recuperação do corpo e da mente após o acidente. O rapaz fez questão de agradecer o apoio que recebeu dos amigos. "Eles me incentivam, me ajudam a fazer as coisas. Sem eles, eu não conseguiria", frisou.

Foto: Reprodução/ Instagram/ João Pedro Baia

Fonte: Folha Vitória


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