Flamengo busca reforços para reconquistar a Libertadores


 Pressionada pela oposição, a direção do Flamengo resolveu reformular o elenco desgastado de 2019. Buscou atletas importantes e midiáticos. A tentativa por Alexis Sánchez é a grande surpresa.


Reviravolta na política de contratações do Flamengo

O desgaste provocado pelo enorme erro que foi a contratação de Paulo Sousa atingiu em cheio o presidente Rodolfo Landim e o vice de futebol, Marcos Braz. Ambos acreditaram no treinador português, que o elenco, mesmo envelhecido, desgastado, da fabulosa campanha de 2019, com Jorge Jesus.

O grupo político que elegeu Landim e que controla o Flamengo com mão de ferro viu com preocupação o renascimento da oposição, diante do fracassado primeiro semestre. E decidiu que o clube deveria rever sua postura. O planejamento de investimento.

Primeiro, não cumprir o prometido ao Manchester United e não gastar os 10 milhões de euros, cerca de R$ 54 milhões.

Depois, usar 13,5 milhões de euros, cerca de R$ 74 milhões, em Everton Cebolinha.

E seguir contratando.

A chance de ter o midiático Vidal foi aproveitada, já que o Boca Juniors também se movimentava por ele.

Bicampeão da Copa América, pentacampeão italiano, tricampeão alemão, bicampeão chileno, campeão espanhol. Jogador com 35 anos, mas ainda excelente preparo físico, capaz de atuar em alto nível nos dois anos de contrato. Chegou entusiasmado à Gávea.

Braz também conseguiu convencer Wendel, ex-Fluminense, que atua no Zenit da Rússia, a jogar no Flamengo por empréstimo de um ano. Ele pretendia não entrar em conflito com o clube russo, não ter de apelar para a liberação autorizada de jogadores estrangeiros que atuam na Rússia e Ucrânia, por conta da guerra entre os dois países. Mas o caminho parece ser esse.

Empresários advertiram Braz de que Walace, ex-Grêmio, está descontente na Udinese. O dirigente confirmou com o meio-campista sua vontade de atuar no Rio de Janeiro. E está próximo de contratá-lo por empréstimo.

O Flamengo deverá ter 4 milhões de euros, cerca de R$ 21,9 milhões, e acertar o empréstimo de Walace. Jorge Jesus indicou e o Fenerbahce praticamente fechou a compra do volante.

A surpresa foi a possibilidade de contratar o também midiático Alexis Sanchéz.

Vidal deixou claro que o seu compatriota chileno pode deixar a Inter de Milão.

O atacante foi bicampeão da Copa América, campeão mundial de clubes, campeão espanhol, campeão italiano, campeão argentino, bicampeão chileno. Aos 33 anos, não é prioridade na reformulação no clube italiano para esta temporada 2022/23.

Marcos Braz fez uma consulta oficial, deixou claro ao atacante chileno que o quer na Gávea. Alexis gostou do que ouviu. Também da possibilidade de atuar por mais dois anos ao lado de Vidal. Mas ele ainda tentaria se recolocar na Europa. Se não conseguir, o Flamengo tem, sim, grande chance de ficar com o atacante. Apesar da concorrência do Galatasaray e do Olympique de Marseille.

Braz abortou sondagens por Gabigol e por Pedro. Sabe que precisa dos dois, ainda mais depois da séria contusão de Bruno Henrique, que só volta a jogar em 2023.

Importante também foi a postura de Dorival Junior. Ele não fez as indicações de contratações nem decidiu a saída de Arão. Apenas tem aceitado as decisões da direção do clube. E se posicionado como funcionário.

E trabalhado muito mais próximo dos jogadores do que Paulo Sousa. Além disso, com esquemas táticos mais simples, definidos, os atletas têm se dedicado mais, por entender o que ele quer.

Braz já garantiu a Dorival que o Flamengo estará muito reforçado para as quartas da Libertadores contra o Corinthians, nos dias 3 e 10 de agosto.

Reconquistar a Libertadores virou uma obsessão.

Daí o dinheiro economizado por não contratar Andreas Pereira e, agora, os R$ 4 milhões que virão da saída de Arão deixarão o elenco mais forte, pronto, de acordo com a diretoria, para encarar a luta pela reconquista da Libertadores. Da Copa do Brasil, do Brasileiro.

E também para sufocar a voz crescente da oposição.

Diante desse cenário não cumprir a palavra com o Manchester United foi o menor dos problemas.

Andreas Pereira já até se apresentou ao Fulham.

Outra vez, retorna à cena a obsessão do Flamengo por um estádio para chamar de seu.

E a empolgação voltou para a Gávea.

Sem Paulo Sousa...

Fonte: R7


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