Gêmeos morrem esmagados por queda de fogão; bebês estavam sozinhos em casa

 

Família teria demorado para solicitar ajuda, segundo a Polícia Militar.

Duas crianças gêmeas, de um ano e cinco meses, morreram esmagadas por um fogão na tarde dessa quinta-feira (7) em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A mãe dos bebês, Samara Estefani Santos de Deus, foi presa suspeita de abandono de incapaz.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a mulher, de 20 anos, teria deixado as duas vítimas em casa, por volta de 12h30, para levar outros dois filhos para a casa da avó para almoçar.

Quando retornou, cerca de três horas depois, encontrou os dois bebês debaixo do fogão e sujos de óleo. A substância estava em uma panela em cima do fogão e não estava quente.

Uma das crianças ainda teria sido levada para a casa da avó materna. Houve tentativa de reanimá-la, mas o bebê já estava sem vida.

O pai das crianças disse que estava trabalhando e que tomou conhecimento do fato ao retornar.

Em depoimento à Polícia Civil, a mãe disse que levou duas filhas (uma menina de quatro meses e outra de dois anos) para a residência da avó materna para almoçar e tomar banho, enquanto os gêmeos permaneceram em casa.

Samara relatou que as residências são próximas – a mãe mora em um beco ao lado. A suspeita disse que o chuveiro de casa está estragado e estava apenas com água fria.

A mãe dos gêmeos contou que voltava com os outros filhos para casa quando entrou na residência e se deparou com os dois bebês debaixo do fogão.

Os gêmeos teriam ficado cerca de três horas sozinhos.

Samara informou que não era costume deixar as crianças sozinhas em casa, que o marido não deixou o celular em casa e ela não conseguiu contato com ninguém para tomar conta dos filhos. Ela ainda relatou que tentou falar com uma vizinha, mas não teve resposta.

A suspeita não tinha passagens pela polícia.

Ela foi levada para a delegacia de Ribeirão das Neves e deve ser transferida nesta sexta-feira (8) para o presídio feminino de Vespasiano, até audiência de custódia.

Fonte: G1 MG


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