Médico doa o próprio rim para ex-paciente que esperava transplante

John Jartz recebeu um rim do médico nefrologista Aji Djamali, nos EUA Divulgação / UW Health

Um nefrologista de 53 anos doou o próprio rim para um ex-paciente, de 68 anos, nos EUA. Aji Djamali comunicou sua decisão numa conversa por telefone em outubro de 2021. Do outro lado da linha estava John Jartz, que tinha sido diagnosticado sete anos antes com doença renal policística, um distúrbio que faz com que os rins aumentem e parem de funcionar. Eles se conheceram há alguns anos, quando John era paciente de Aji no Centro de Transplante da Universidade de Wisconsin na cidade de Madison. Atualmente, Aji trabalha no Centro Médico do estado do Maine. Ambos têm o mesmo tipo sanguíneo raro.

— Sempre fiquei admirado com as pessoas que doavam órgãos. Isso me fascinava. E logo decidi que não queria apenas falar por falar. Eu queria cumprir a palavra — disse Aji que, por fim, passou pelo procedimento no dia 29 de junho.

Segundo o nefrologista, além de ajudar o amigo, havia ainda outro motivo para realizar a doação do rim: estimular a realização de atos semelhantes.

— Metade do motivo foi ajudar John, mas a outra razão foi encorajar as pessoas a ajudarem os outros, inspirá-las a considerarem fazer algo e ajudarem os mais de 90 mil pacientes em todo o país que estão em listas de espera para fazer um transplante.

John Jartz recebeu um rim do médico nefrologista Aji Djamali, nos EUA — Foto: UW Health

Enquanto Aji conversava por telefone com John, disse em determinado momento ao final da ligação que "conhecia alguém com o mesmo tipo sanguíneo que podia estar interessado em ser o doador". Imediatamente, John perguntou "quem?", ao que Aji respondeu com sinceridade: "eu". Logo depois, o médico relatou que os dois choraram.

— Mesmo agora, quando falo sobre isso, me emociono — contou Aji.

Segundo a revista People, o médico já havia considerado a ideia de doar um rim seu para John, mas sua mulher teria pedido que esperasse até seus três filhos estarem adultos. Então quando eles já estavam formados na faculdade e morando fora da casa dos pais, Aji identificou aquele momento como a hora certa.

— Conversei com minha esposa e ela disse "se você quiser, pode ir em frente, e estarei aqui para apoiá-lo" — relatou Aji.

O transplante foi bem sucedido, e Aji retomou suas atividades dois dias depois. Já o paciente recebeu alta após cinco dias da operação.

Fonte: O Globo



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