Após professor da Ufes contrair malária, saiba os sintomas e riscos da doença


Nesta semana, o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Fábio Luiz Partelli foi internado com malária e, de acordo com a universidade, a doença foi contraída, provavelmente, durante uma viagem de trabalho realizada à África no mês passado.

Além de preocupante, o caso do professor reacende a discussão sobre essa doença que, apesar de ter cura, pode evoluir para uma forma grave e até mesmo levar o paciente a óbito.

O que é a malária?

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. É considerado um caso suspeito de malária, a pessoa que apresente febre e que seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja transmissão da doença.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta que, por meio da Vigilância Ambiental e Epidemiológica, realiza o monitoramento dos casos em todo território capixaba, junto às vigilâncias municipais, de forma a observar a entrada de possíveis casos importados e também evitar surtos da doença.

Sintomas da malária

A doença começa com febre e fraqueza e se desenvolve com dor de cabeça, dor no corpo, calafrios, acompanhados por dor abdominal, dor nas costas, tontura, náuseas e vômitos.

Nestes casos, os profissionais de saúde devem questionar o paciente se ele esteve no município de Vila Pavão recentemente (ou em alguma área de transmissão da doença) ou se entrou em contato com alguém que reside ou que esteve na localidade. Para a população, a orientação é buscar atendimento imediatamente se começar a apresentar um destes sintomas.

Os sintomas não aparecem de imediato. Eles surgem após transcorrido o período de incubação, que é o tempo compreendido entre a penetração do parasita no organismo e o aparecimento dos primeiros sintomas – o que pode levar de 7 a 14 dias, em média, podendo chegar até 60 dias. Após esse período, a pessoa começa a sentir os sintomas. O período do tratamento dura de dois a sete dias.

Como se proteger da malária

Não há vacina contra malária, mas existem várias medidas de proteção individual que podem ser adotadas pela população para reduzir a possibilidade da picada do mosquito transmissor da doença, como:
- Usar repelente
- Usar cortinados e mosquiteiros, telas em portas e janelas
- Evitar frequentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas ao final da tarde até o amanhecer
- Usar calças e camisas de mangas compridas e cores claras.

Diferentes tipos da doença

No Espírito Santo há dois tipos da doença, a malária autóctone, que ocorre na região montanhosa, onde circula apenas o protozoário Plasmodium vivax. Esta é pouco frequente e geralmente evolui de forma benigna.

Já a malária introduzida, que pode ocorrer em quase todo o Estado pode ser causada tanto pelo Plasmodium vivax quanto pelo Plasmodium falciparum, sendo que o segundo causa uma forma mais grave e aguda da doença.

Para os casos de malária introduzida é necessário que haja um caso importado da doença em uma localidade com a presença do mosquito vetor. O inseto, ao picar a pessoa doente e não tratada, pode se contaminar com o protozoário e, cerca de 10 dias depois, infectar outras pessoas.

Tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Vale ressaltar que o tratamento contra a malária é oferecido de forma gratuita, mediante diagnóstico laboratorial, confirmatório ou teste rápido.

Apesar de não ter vacina contra a malária no Brasil, existem estudos em desenvolvimento para a população de países africanos, onde a doença é endêmica.

Espírito Santo já registrou casos de Malária em 2022

Segundo dados da Secretaria, em 2022 foram registradas 172 notificações de casos suspeitos de malária no Estado. Porém, desse total, somente seis casos foram confirmadas para a doença após exames laboratoriais.

No ano passado foram 283 casos suspeitos, sendo 20 casos confirmados. Não há óbitos registrados em ambos os anos.

Fonte: Folha Vitória


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