Mês do Alzheimer: existe cura para a doença?


O Alzheimer é uma doença que provoca a progressiva perda das funções cerebrais. Cerca de um milhão de brasileiros sofre de com a doença atualmente, segundo o Ministério da Saúde.

Em 30 anos, este número deve quadruplicar, ou seja, provavelmente quatro milhões sofrerão de Alzhaimer no Brasil, de acordo com um estudo feito pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela Universidade de Queensland, da Austrália.

Perda da memória, linguagem, consciência, razão, e até mesmo da própria independência são as maiores características desta demência que pode atingir cerca de 10% dos idosos com mais de 65 anos e 25% acima dos 85.

Mas, como se dá o diagnóstico do Alzheimer? Quais são as possibilidades de tratamento? E, uma enfermidade tão grave como esta, tem cura?

O Mês do Alzheimer

Setembro é o mês de uma campanha mundial realizada pela Alzheimer’s Disease International (ADI), para aumentar a conscientização, o diagnóstico precoce e desafiar o estigma que cerca a doença.

A demência foi descrita pelo psiquiatra e neuropatologista alemão, Alois Alzheimer, em 1906.
Qual a causa do Alzheimer?

A ciência ainda não conhece uma causa específica para esta enfermidade. Acredita-se, contudo, que ela seja geneticamente determinada.

O Alzheimer surge quando o processamento de algumas proteínas essenciais do sistema nervoso central começa a falhar. São formados, assim, fragmentos de proteínas irregulares dentro e em volta dos neurônios. A consequência desse cenário é o prejuízo e a perda dos neurônios de regiões do cérebro - causando, assim, a demência degenerativa.

Quando há predisposição nos genes, cientistas e estudiosos acreditam que o desenvolvimento do Alzheimer acontece por volta dos 50 anos de idade do paciente.

Principais sintomas da doença

É muito comum apresentar alguns esquecimentos com o avanço da idade. Este estigma é muito forte e prejudica o diagnóstico precoce da doença. O Alzheimer associa a perda de memória com outros sinais - que não são naturais do envelhecimento - que devem ser investigados por um neurologista.

- Dificuldade para finalizar atividades corriqueiras;
- Isolamento social, afastamento de amigos e até mesmo da família;
- Mudanças bruscas e constantes de humor;
- Confusão sobre locais e eventos;
- Mudanças na visão e obstáculos para compreensão de algumas imagens;
- Problemas na comunicação;
- Agitação e insônia;
- Alteração das noções de espaço.

Em fases mais avançadas, o Alzheimer pode progredir para outros sintomas mais graves:

- Dificuldade para comer;
- Problemas motores e cognitivos;
- Incontinência urinária e fecal;
- Incapacidade de realizar tarefas básicas;
- Mutismo;
- Dor à deglutição;
- Perda da capacidade motora;
- Infecções intercorrentes.

Diagnóstico do Alzheimer

Não há um exame específico que mostre o diagnóstico do Alzheimer. Assim, o martelo só pode ser batido com uma avaliação médica minuciosa.

O diagnóstico é dado após uma série de testes: histórico médico da família, exames de imagem do cérebro, testes cognitivos, exames de sangue e medicina clínica.

O neurologista é o responsável pelo resultado e pelo acompanhamento da enfermidade. Em alguns casos, em parceria com geriatras e outros profissionais da saúde.

O Alzheimer tem cura?

Apesar de mais de 100 anos de estudos, ainda não foi encontrada a cura para o mal de Alzheimer. O tratamento da doença tem como objetivo adiar e amenizar os sintomas, para uma sobrevida com maior bem-estar para o paciente e conforto para sua família.

Por isso, principalmente, a identificação dos sintomas de maneira precoce é fundamental para retardar esses sinais.

O tratamento é multidisciplinar. Inclui medicação específica para a demência, que pretende proteger ou impedir a morte das células cerebrais associadas ao Alzheimer.

Ainda, são indicadas terapias para a mobilidade, como fisioterapia e musculação; acompanhamento nutricional para manter as taxas em dia, além de nutrientes essenciais para o funcionamento do cérebro. Muitos pacientes também são orientados a procurar terapia ocupacional e acompanhamento com psicólogo.

Fonte: Folha Vitória



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