'O câncer de mama fez parte da minha vida, mas não definiu a minha história', diz advogada que descobriu doença aos 24 anos


Isabela Schettini viu a vida mudar totalmente no ano passado: fez quimioterapia, passou por cirurgia de retirada das duas mamas e enfrentou o término de um relacionamento de dez anos.
 
Isabela soube da doença aos 24 anos — Foto: Arquivo Pessoal

Um toque na mama esquerda, um nódulo encontrado, a procura por médicos, um ultrassom e uma biópsia. Foi assim que a advogada Isabela Gomes Vieira Schettini, de 25 anos, descobriu o câncer de mama em 2021. Ela, que é de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, finalizou o tratamento de quimioterapia há quatro meses.

"Foi muito assustador quando recebi o resultado. O primeiro pensamento foi: 'eu devia ter aproveitado mais a vida'. Mas depois passou. Eu sou muito determinada na minha vida, quando tenho um problema, procuro a solução", contou.

Isabela iniciou a quimioterapia e os efeitos colaterais começaram: queda de cabelo, mal estar, náuseas, vômito, dentes amarelos, além do inchaço devido ao uso de corticoide. Também durante o tratamento, ela precisou de duas transfusões de sangue.

Isabela passou por cirurgia em julho de 2021 — Foto: Arquivo Pessoal

"Em julho do ano passado fiz a retirada das duas mamas com reconstrução imediata. Mas a cirurgia teve muitas complicações. Teve problema com a prótese, precisei repetir a cirurgia", detalhou.

Problemas além do câncer

Durante o tratamento do câncer de mama, Isabela passou por outros problemas pessoais que também a afetaram emocionalmente. A advogada estava em um namoro de dez anos, com casa comprada e mobiliada.

O então namorado terminou o relacionamento, por telefone, cinco dias após a cirurgia de Isabela.

"Primeiro, ele disse que estava gostando de outra pessoa. Depois afirmou que a situação estava complicada, não me acompanhou em nenhuma quimioterapia. Após alguns meses, ele ficou noivo de outra pessoa", contou a jovem.

Isabela seguiu com o tratamento após a cirurgia e finalizou a quimioterapia no dia 24 de junho deste ano. Desde então, ela faz acompanhamento de três em três meses com oncologista, mastologista e ginecologista.

"O câncer fez parte da minha vida, mas não definiu a minha história. O que eu tenho a dizer para outras mulheres que têm câncer é para viver o agora, você tem condições de ficar bonita careca. Durante o tratamento, eu levantava todos os dias cedinho e me maquiava. Eu era uma menina e me tornei uma mulher realizada profissionalmente, a vida me qualificou para ser uma pessoa melhor", finalizou.

Fonte: G1 MG


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