Homem suspeito de abusar sexualmente da irmã de 12 anos é preso

Suspeito foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável majorado e encaminhado ao presídio. O Conselho Tutelar informou que foi acionado pela escola depois que a vítima contou que era abusada.

Conselho Tutelar da Serra, ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Um homem de 29 anos foi preso pelo crime de estupro de vulnerável nesta quarta-feira (16) depois que a própria irmã, uma menina de 12 anos, contou durante uma atividade com outras colegas em uma escola pública da Serra, Grande Vitória, que era abusada sexualmente por ele.

O nome da menina, do suspeito e da escola não serão informados para preservar a identidade da criança.

A Conselheira Tutelar Zaini Araújo disse nesta quinta-feira (17) que após a revelação da menina, o Conselho foi acionado pela escola.

"Durante uma atividade pedagógica a adolescente estava contando para as amigas o que aconteceu com ela. As amigas estavam encorajando ela a conversar com a professora. Dentre uma das coisas que a adolescente falava é que ela gostaria de ser normal igual as amigas dela. A escola tomou as providências cabíveis que foi chamar o Conselho Tutelar", contou a conselheira.

A menina, que mora com o irmão por parte de pai, falou com as conselheiras tutelares que não queria ter tido relações tão cedo.

"Ela não tinha pai e mãe e veio pra ficar sob responsabilidade desse irmão na Serra trazia de outro município. Ela já tinha essa violação de direitos por conta desse ambiente familiar onde ela vivia. Ela vinha sofrendo esses abusos desde que tinha 10 anos de idade. O comportamento dela na escola sempre foi mais tímido e ela fez 12 anos recentemente. Ela gostaria de não ter tido relação sexual tão cedo. É uma criança que infelizmente teve a sua infância interrompida por essa brutalidade. Ela estava saturada de estar naquele ambiente e ela tirou forças de onde não tinha pra sair daquele ambiente encorajada pelos profissionais da escola que fizeram um excelente trabalho", declarou a conselheira.

Conselheiras tutelares Zaini Araújo e Amanda Muzi — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Prisão

Após o atendimento, a criança foi levada até à Delegacia de Plantão Especializado da Mulher (PEM), em Vitória, onde delegada de plantão pediu apoio à Polícia Militar.

Em seguida, policiais civis e militares foram até a empresa onde o irmão da menina trabalha e o prenderam. De acordo com a polícia, o homem já esteve preso pelo crime de homicídio.

A Polícia Civil informou que, após passar por exames no Departamento Médico Legal, que comprovaram o crime, a menina foi encaminhada ao Programa de Atendimento a Vítimas de Violência Sexual (Pavives) e continua sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar.

O g1 procurou a Prefeitura da Serra, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

O irmão da menina foi autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável majorado e encaminhado para o presídio. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato do preso ou da defesa dele.

Conselho Tutelar e Polícia Civil fazem alerta

Amanda Muzi, outra conselheira que atendeu o caso, falou sobre a importâncias de as crianças serem orientadas a não permitir que seus corpos sejam tocados.

"É na escola que a criança se sente à vontade para poder relatar. Além de conversar, é importante ficarem atentos aos sinais que a criança demonstra. Não teve ato sexual não é abuso. É sim. Passar a mão, qualquer outro ato libidinoso é um abuso sexual e deve ser denunciado. Muitas vezes as crianças, por não terem essa informação, de certa forma não entendem a gravidade da situação", disse a conselheira.

A delegada Suzana Duarte Garcia do PEM disse que "todas as pessoas do convívio da criança e do adolescente são responsáveis pela sua segurança e podem fazer denúncias caso constatem a violação de seus direitos".

"Nesse caso, a sensibilidade da professora foi crucial para que os fatos chegassem ao conhecimento da polícia e este homem retirado do convívio da vítima e responsabilizado por seus atos hediondos", disse a delegada.

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