Sequestros-relâmpagos: polícia do ES dá dicas para se proteger

De acordo com a Polícia Militar, as principais vítimas são mulheres, que estão em automóveis, entrando ou saindo de garagens.

Mulher de 41 anos é vítima de sequestro-relâmpago em Jardim da Pneha, Vitória, ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Em apenas dois meses, pelo menos sete casos de sequestros-relâmpagos foram registrados em Jardim da Penha, Vitória, de acordo com a Associação de Moradores do bairro. Para a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), a suspeita é que os crimes são praticados por um grupo criminoso especializado neste delito.

Um dos casos ocorreu nesta quarta-feira (4), quando uma mulher de 41 anos foi rendida dentro do carro que estava na saída do trabalho. A vítima foi obrigada a fazer uma transferência bancária de R$ 900 via Pix e depois liberada pelo criminoso.

Mulheres são principais vítimas

De acordo com o major Isaac, da Polícia Militar, as principais vítimas dos sequestros-relâmpagos são mulheres, que estão em automóveis, entrando ou saindo de garagens. A orientação é estar em alerta nessas situações.

"Viu algum homem e se sentiu incomoda? Homem com boné, com máscara de covid, liga para o DPM de Jardim da Penha ou liga para o 190 que a gente vai enviar um carro de polícia para fazer a averiguação preventiva daquela situação", disse o major.

Segundo o major, esse acionamento é importante para que a polícia consiga fazer a abordagem do criminoso que está cometendo esse crime.

"Talvez, naquela averiguação, a gente consiga até fazer a abordagem do criminoso que está cometendo esse crime", disse o major Isaac.

Outro facilitador que contribui para a ação dos criminosos em Jardim da Penha é a falta de porteiros nos prédios.

"Grande parte dos prédios de Jardim da Penha não tem porteiro. O porteiro poderia visualizar essa situação e ligar para o 190. Então, o criminoso se sente mais tranquilo para fazer essa abordagem", disse.

Orientações para as vítimas

O militar ainda deu algumas dicas de como sair da mira de criminosos, entre elas, de que esse tipo de delito ocorre quando os bandidos veem fragilidade ou oportunidade "deixadas" pelas vítimas.

"Em relação ao crime específico de roubo com restrição de liberdade, a mulher, ou qualquer morador do bairro ou de outra região também, que estiver chegando para entrar na garagem, se verificar qualquer movimentação suspeita, não entre e passe direito", afirmou.

"Quando estiver saindo da garagem também dá uma olhadinha, vai na portaria ou próximo ao portão... Qualquer situação que gerar suspeita, algum tipo de dúvida, liga para a polícia que a gente vai ter o prazer de enviar uma viatua para fazer uma averiguação preventiva", destacou Isaac.

Outra dica é não usar o celular dentro do veículo estacionado, de forma desatenta, além de destravar a porta somente quando estiver próximo ao carro.

"Tem muita gente que distante do veículo, 20, 30 metros, destrava a trava do veículo, e às vezes tem um suspeito perto que já vai saber que aquela pessoa está naquele veículo. Vai se aproximar e fazer a abordagem. Só destrava a porta e o alarme quando já estiver ao lado do veículo, depois de verificar que não há situação ameaçadora. Liga, coloca o cinto e já sai. Não fica mexendo no celular, não", orientou.

Observar a rua antes de sair de casa;
Se houver algum homem ou uma dupla de boné e máscara contra a Covid-19, entre em contato com a Polícia Militar;
Não entre na garagem se tiver algum homem com atitude suspeita nas proximidades;
Telefone do DPM de Jardim da Penha: (27) 99203658 e (27) 3224-5280 ou denuncie pelo 190.

Além disso, é importante não ficar esperando alguma pessoa dentro do carro, no meio da rua. "Quando for buscar os filhos na escola, por exemplo, o ideal é não precisar ficar esperando. Ou seja, o bomseria chegar no horário de já estacionar, descer do veículo e entrar no ambiente escolar. Evitar outras situações também que demandem sua presença no veículo por tempo considerável", afirmou.

Identificação

Major Isaac, da Polícia Militar do ES, fala sobre sequestros-relâmpagos em bairro de Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

De acordo com o major, o comportamento do criminoso, que anda a pé pelo bairro, já foi identificado pela polícia.

"É um homem, que anda a pé pelo bairro, que usa boné e máscara contra covid-19 para dificultar a identificação das câmeras", disse.

Fonte: G1


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