Justiça decide manter na cadeia mulher suspeita de ter envenenado o pai e a avó do ex-namorado

 

Na última quarta-feira (20), Amanda Partata Mortoza foi presa suspeita de ter matado por envenenamento Leonardo Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86.


A Justiça decidiu manter na cadeia, em Goiânia, uma mulher suspeita de ter envenenado o pai e a avó do ex-namorado.

Oito horas da manhã de domingo (17). A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, aparece no caixa pagando os produtos.

Na quarta-feira (20), ela foi presa em Goiânia, suspeita de ter matado por envenenamento Leonardo Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, depois que os dois tomaram o café da manhã com Amanda.


"Ela acordou, então, foi até ao mercado e ela comprou diversos alimentos e depois ela vai para casa das vítimas", diz o delegado, Carlos Alfama.


Segundo as investigações, Amanda colocou um pesticida, produto usado na lavoura, no suco servido às vítimas.

"Não sei exatamente se ela colocou veneno na garrafa do suco ou no copo do suco servido, mas que ela sabia onde estava o veneno, ela sabia. Isso a Polícia Civil pode concluir e concluiu e representou pela prisão por esse motivo", afirma o delegado.


Assim que Amanda deixou a casa da família, Leonardo e a mãe começaram a passar mal.

"Começou a ter diarreia, vômito e muita dor abdominal. Isso foi tão rápido que logo ele já pediu socorro. 'Oh, me leva ao hospital que eu não estou bem'. Quando ele chegou no hospital, ele agonizou, ele agonizava de dor", diz Luís Gustavo Nicoli, advogado da família das vítimas.


Agora, a perícia tenta descobrir qual veneno foi usado para matar mãe e filho. Os laudos devem ficar prontos em 10 dias.

"A gente tem que ter uma indicação de uma substância que a gente vai procurar . A gente está fazendo a busca por essas mais de 300 substâncias químicas, que são pesticidas e também por substâncias inorgânicas", afirma o perito criminal, Olegário Augusto.

Amanda namorou por um tempo o filho de Leonardo e, segundo a polícia, não se conformava com o fim do relacionamento. No dia em que eles terminaram, Amanda anunciou que estava grávida. Fez até chá de revelação do sexo do bebê, mas - segundo os investigadores - era tudo uma farsa. Ela nunca esteve grávida.


A Polícia Civil disse que Amanda ameaçava o ex-namorado com ligações anônimas e mensagens no celular. Chegou a criar perfis falsos em redes sociais. A advogada, que passou nesta quinta-feira, por audiência de custódia e continua presa, também é investigada no interior de Goiás e nos estados de Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. Os crimes não foram divulgados.

Amanda Mortoza vai responder por duplo homicídio e uso de veneno. A defesa dela preferiu se manifestar depois de ter acesso ao inquérito.


Da Redação/Com informações do G1 Jorna Nacional



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