Empresária morre após passar por complicações de cirurgia plástica


Vítima sentiu muitas dores e chegou a voltar à unidade, mas funcionários teriam afirmado que ela estava "forte" e não precisava de cuidados extras.

© Reprodução / Redes Sociais

Uma empresária identificada como Fábia Portilho, de 52 anos, morreu na terça-feira, 07/05, após fazer um procedimento estético em um hospital particular de Goiânia, Goiás. A família acusa o médico responsável e o hospital de negligência e falta de socorro. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Segundo informações da família, a mulher, que é de Goianésia e possuía um hotel na cidade, fez uma mamoplastia e uma lipoaspiração na última sexta-feira, 03/05, no Hospital Unique, e recebeu alta no domingo, 05/05. Porém, ela retornou à unidade na terça-feira com reclamações de dores abdominais.

Os familiares da vítima denunciaram à Polícia Civil que Fábia gritava de dor, mas que os médicos plantonistas não a examinaram ou pediram exames. Na tentativa de salvá-la, pediram a transferência dela para um outro hospital, mas ela não resistiu.

Em nota ao Terra, o cirurgião plástico responsável pelo procedimento, o médico Nelson Fernandes, lamentou a morte da paciente e contou a sua versão dos fatos.

“Esclareço que realizei dois procedimentos cirúrgicos na Sra. Fábia, no último sábado, que transcorreram sem intercorrências. A paciente não manifestou queixas em sua consulta de retorno pós-operatório, e sua recuperação estava ocorrendo dentro do esperado. Na terça-feira, no entanto, a paciente compareceu ao hospital, apresentando queixas que passaram a ser imediatamente investigadas. Porém, apesar do quadro de instabilidade apresentado, a família optou pela transferência para outro hospital”, contou em nota.

Ele ainda ressaltou que prestou assistência a Fábia, “seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas recomendadas”.

“Prezar pela saúde e recuperação dos meus pacientes é prioridade absoluta em minha atuação médica, e o falecimento da Sra. Fábia me entristece profundamente”, declarou.

O Hospital Unique também lamentou a morte de Fábia e informou que todas as medidas de segurança foram seguidas rigorosamente e que não houve negligência por parte da equipe médica.

“O hospital orientou os parentes a não realizarem a transferência para outra unidade devido à condição instável da paciente. No entanto, os familiares decidiram pela transferência, argumentando que havia um médico da família trabalhando em outra instituição. Para isso, contrataram serviços de ambulância, embora fossem dispensáveis. O Hospital Unique, em sua recomendação médica, na prudência peculiar, avaliou os riscos envolvidos e aconselhou contra a transferência até a estabilização da paciente. A condição crítica foi comunicada aos parentes, explicando os riscos envolvidos e a necessidade de aguardar a estabilização da paciente para a realização de um exame de tomografia. Mesmo assim, os parentes decidiram prosseguir com a transferência, assumindo total responsabilidade pela decisão”, disse em nota.


Da Redação / Com informações Terra Notícias







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