A cena curiosa foi registrada logo após o parto e divulgada pela ginecologista e obstetra Rafaela Frota, que compartilhou a imagem em seu perfil
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Um nascimento incomum surpreendeu a equipe médica de uma maternidade e viralizou nas redes sociais após um detalhe inusitado: o pequeno Bernardo chegou ao mundo com o dispositivo intrauterino (DIU) da mãe colado ao corpo, exatamente na região do bumbum.
A cena curiosa foi registrada logo após o parto e divulgada pela ginecologista e obstetra Rafaela Frota, que compartilhou a imagem em seu perfil no Instagram.
“Esse é o pequeno Bernardo, nasceu hoje por uma cesariana de emergência, chegou chegando e estreou nesse mundão com o DIU da mamãe coladinho no bumbum”, escreveu a médica na legenda da publicação.
O DIU, que não perfurou a pele do bebê, apenas aderiu à camada de vernix, substância branca que reveste os recém-nascidos no útero, permaneceu preso ao corpo da criança, chamando a atenção de profissionais de saúde e internautas.
Segundo a obstetra, o nascimento foi tranquilo, e Bernardo está saudável. “Depois que nasceu, o Bernardo seguiu para o colo da mamãe saudável e tranquilo”, informou a médica, que ainda acrescentou: “Não tem jeito… quando é pra ser e Deus já reservou seu baby lá em cima, não existe DIU que impeça!”.
DIU
Popularmente conhecido como DIU, o dispositivo intrauterino é um método contraceptivo com uma taxa de eficácia de 99,7%, se assemelhando a porcentagem de proteção da cirurgia de laqueadura.
Com tudo, o DIU de cobre tem uma taxa de falha estimada entre 0,8% e 2% no primeiro ano de uso. Já o DIU hormonal, que libera levonorgestrel, apresenta uma taxa ainda menor, variando de 0,1% a 0,4% no mesmo período. Apesar da alta eficácia, falhas podem ocorrer por diversos motivos, como deslocamento do dispositivo, expulsão inadvertida ou inserção incorreta.
Como o DIU funciona e é implantado?
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Contraceptivos de longa duração levam mulheres a buscarem proteção mais eficiente
O médico Renato de Oliveira explica que existe dois tipos de DIU, o hormonal e o de cobre ou prata, sendo o segundo tipo o oferecido gratuitamente pelo SUS.
Essas duas variações do contraceptivo vão agir de formas diferentes no corpo da mulher. Ele também ressalta, que o dispositivo intrauterino não é abortivo.
“No caso do DIU não hormonal, ele diminui a espessura do endométrio, que é a parte de dentro do útero, tornando ele não receptivo e atrapalhando a implantação de um possível embrião. Enquanto o DIU não hormonal, através de um processo inflamatório interno, torna o útero um ambiente hostil para implantação do embrião no endométrio. Em todos os casos, nós não estamos falando de métodos abortíferos. Nós estamos falando de evitar a implantação. Então não nem se chega a engravidar”, diz o especialista.
Por sua vez, Erica Mantelli esclarece que o procedimento de colocar o DIU é algo simples e rápido, podendo aplicar anestesia, caso a paciente tenha necessidade. Atualmente, por recomendação do Ministério da Saúde, o DIU deve ser colocado apenas por médicos capacitados e não por enfermeiros.
“O dispositivo intrauterino é implantado pelo ginecologista em um procedimento simples, através da inserção pelo colo do útero. Esse processo pode ser realizado em um ambulatório, que é dentro do próprio consultório e na grande maioria das vezes tem a necessidade de anestesia ”, afirma a profissional.
Fonte: IG