VÍDEO: Professor de jiu-jitsu foi morto em Vila Velha por ciúmes; veja como casal preso agiu


Segundo a polícia, o crime foi planejado pela ex-namorada da vítima e o atual companheiro dela, que monitoraram Stanley por dias antes da execução

Nicole Aparecida Muniz Liberato, de 23 anos, e Rhaylan Moraes de Almeida, de 35 anos, foram presos pelo assassinato do professor de Stanley Stein, de 48 anos, morto a tiros no bairro Araçás, em Vila Velha Crédito: Divulgação | Sesp

O professor de jiu-jitsu Stanley Stein foi executado a tiros no bairro Araças, em Vila Velha, no dia 28 de fevereiro deste ano, por um motivo que a polícia classificou como claro: ciúmes. Segundo a investigação, o crime foi cometido por Rhaylan Moraes de Almeida, de 35 anos, atual namorado da ex-companheira de Stanley, Nicole Aparecida Muniz Liberato, de 23 anos. O casal foi preso pela Polícia Civil e vai responder por homicídio qualificado.

Segundo o chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Daniel Fortes, Stanley e Nicole se relacionaram entre abril e dezembro do ano passado. Já em janeiro deste ano, ela começou a namorar Rhaylan. Em depoimento, ela disse que, mesmo após o fim do relacionamento, o ex-companheiro continuava indo atrás dela.

“Então, ela relatou ao Rhaylan que estava se sentindo incomodada. Após isso, Nicole indicou onde a vítima morava e deu detalhes da rotina do professor. Em seguida, a partir do dia 23 de janeiro, o suspeito começou a monitorar Stanley", detalhou o delegado.

Stanley Stein, professor assassinado a tiros em Vila Velha Crédito: Rede social

As investigações apontaram que o preso chegou a ir ao local do crime no dia anterior para cometer o assassinato, mas desistiu ao ver Stanley acompanhado da filha. No dia 28 de fevereiro, no entanto, voltou armado, esperou o professor sair de casa e atirou quatro vezes, sendo dois disparos fatais. Imagens de câmeras de segurança mostram Stanley sendo atingido pelas costas. O assassinato foi cometido na frente da casa dos pais da vítima. Segundo a PC, o pai dele presenciou o crime da varanda da residência. Veja o vídeo abaixo:


Arma legal

O assassino utilizou uma arma registrada no nome dele — uma pistola calibre 9 mm — para cometer o crime Crédito: Divulgação | Sesp

Segundo o delegado Daniel Fortes, o assassino utilizou uma arma registrada no nome dele — uma pistola calibre 9 mm — e frequentava clube de tiro, o que explicaria a precisão dos disparos. “Em nenhum momento ele se aproximou para conferir se a vítima havia morrido. Sabia o que estava fazendo”, disse. As investigações também mostraram que Rhaylan tentou montar uma versão de legítima defesa. Ele esperava ser reconhecido por Stanley para provocar um confronto e justificar o assassinato, alegando uma briga anterior.


PRF ajudou a identificar o carro do crime

A investigação avançou após a Polícia Civil conseguir imagens que mostravam o carro usado pelo executor. Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi possível confirmar que o veículo, um Fiat Siena, não era clonado e pertencia à família de Rhaylan. A PRF também contribuiu com a análise de imagens e o cruzamento de dados, permitindo identificar o suspeito e apontar que o carro foi usado no dia e horário do crime.

A partir daí, os policiais descobriram que Nicole trabalhava na mesma loja que Rhaylan, o que estabeleceu o vínculo entre os dois e a vítima. De forma complementar, a Polícia Científica (PCIES) foi responsável por realizar o confronto balístico que confirmou o uso da arma de Rhaylan no homicídio.

Durante a investigação, a polícia descobriu ainda que, após o crime, Rhaylan tentou apagar rastros que o ligavam ao homicídio. Ele adulterou o sistema de câmeras da loja onde trabalhava, apagando as imagens do dia do assassinato. "Ele conseguiu fazer isso pois era um cara de extrema confiança. Ele trabalhava na loja há 17 anos e atuava como gerente há 2. Então, ele chega a adulterar as imagens como se ele tivesse na loja no momento do homicídio", descreveu o delagado Daniel Fortes.

Além disso, quando a equipe da Polícia Civil foi até a casa de Rhaylan para apreender a arma usada no crime, ele indicou que ela estaria guardada em um cofre. No entanto, ao abrir o compartimento, a arma não foi encontrada. Diante disso, ele alegou que a pistola teria sido furtada, sem saber explicar como ou por quem. A versão foi descartada depois que a arma foi encontrada escondida no estoque da loja onde ele trabalhava, na Glória, em Vila Velha.

Nicole e Rhaylan foram presos no dia 17 de março. Rhaylan irá responder por homicídio qualificado por motivo torpe, com impossibilidade de defesa da vítima e fraude processual, já que ele tentou esconder a arma do crime. A companheira dele, Nicole, irá responder pelo mesmo crime de homicídio.

Fonte: A Gazeta



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