Traficante do ES morre em megaoperação da Polícia contra o Comando Vermelho, no RJ


Ele integrava a facção PCV da Serra e era procurado pela DHPP da cidade

O traficante Alisson Lemos Rocha, conhecido como Russo ou Gordinho do Valão, morreu durante megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão no Rio de Janeiro Creditor Jose Lucima/ Thenews2/Folhapress

Um criminoso da Serra está entre os mortos em confronto com a polícia durante megaoperação realizada no Rio de Janeiro, nos complexos do Alemão e da Penha, na manhã desta terça-feira (28). Os alvos são pelo menos 200 integrantes da facção criminosa Comando Vermelho.

O traficante do Espírito Santo alvejado é Alisson Lemos Rocha, conhecido como Russo ou Gordinho do Valão. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), informou que ele estava foragido no Rio e era procurado pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra. Era integrante da facção criminosa denominada Primeiro Comando de Vitoria (PCV), mas não fazia parte do "alto escalão". 

Até a última atualização da reportagem, a ação ainda estava em andamento, com relatos de mais baleados. Trata-se de mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço do CV por territórios fluminenses.

No início da tarde, o tráfico orquestrou represálias em várias partes da cidade. Barricadas, com veículos tomados ou entulho, foram feitas na Linha Amarela, na Grajaú-Jacarepaguá e na Rua Dias da Cruz, no Méier, entre muitos outros locais.

Em função dos múltiplos bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5. A PM mandou colocar todo o efetivo na rua — para tal, suspendeu as atividades administrativas.

Entre os mortos na operação, há 2 policiais civis e 2 policiais militares

Os outros 20 mortos são, segundo o governo do estado, traficantes que trocaram tiros com policiais.

Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral — Foto: Reprodução


O que é a operação

Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.

Escolas e postos de saúde não abriram. 


Balanço parcial:
  • 52 suspeitos mortos em confronto. Dois eram da Bahia; outro, do Espírito Santo.
  • 2 policiais civis e 2 policiais militares foram mortos.
  • Além deles, 3 inocentes foram feridos: um homem em situação de rua foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para o Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
  • 81 pessoas foram presas.
  • Policiais apreenderam 31 fuzis, 2 pistolas e 9 motos.

Impactos

Barricadas em chamas em reação à Operação Contenção — Foto: Reprodução/TV Globo

A Secretaria Municipal de Saúde informou que 5 unidades de Atenção Primária suspenderam o início do funcionamento e avaliam a possibilidade de abertura nas próximas horas. Uma clínica da família abriu, mas suspendeu as visitas domiciliares.

Já segundo a Secretaria Municipal de Educação, 28 escolas fecharam no Complexo do Alemão. Na Penha, 17 não abriram.

A Secretaria Estadual de Educação informou que 1 colégio precisou ser fechado.

O Rio Ônibus avisou que 12 linhas de ônibus estão com seus itinerários desviados preventivamente para a segurança de rodoviários e passageiros.


Foto da operação

Equipes deixam a Cidade da Polícia na manhã desta terça (28) — Foto: Reprodução/TV Globo

Barricadas em chamas em reação à Operação Contenção — Foto: Reprodução/TV Globo

Fuzil apreendido na Operação Contenção — Foto: Reprodução/TV Globo

Barricada incendiada no Alemão — Foto: Reprodução


Da Redação / Com informações do g1




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