O Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) excluiu a necessidade de identificação biométrica nas eleições
municipais deste ano.
O tribunal decidiu
seguir a recomendação apresentada na noite desta terça-feira (14) por
infectologistas, segundo os quais havia risco de contaminação no procedimento e
estímulo às aglomerações.
A decisão foi tomada
pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, após ouvir os médicos
David Uip, do Hospital Sírio Libanês, Marília Santini, da Fundação Fiocruz, e
Luís Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein, que integram o grupo
que presta a consultoria.
Médicos e técnicos
consideraram dois fatores: a identificação pela digital pode aumentar as
possibilidades de infecção, já que o leitor não pode ser higienizado com frequência;
e aumenta as aglomerações, uma vez que a votação com biometria é mais demorada
do que a votação com assinatura no caderno de votações.
A questão deverá ser
incluída nas resoluções das Eleições 2020 e levada a referendo do plenário do
TSE após o recesso do Judiciário.
O grupo deve se
reunir semanalmente para definir as regras e a cartilha de cuidados que serão
tomados durante o processo eleitoral.
Os três médicos
acreditam que, em novembro, quando ocorrerá a eleição (dias 15 e 29), a
situação da pandemia estará em condição mais controlável do que a atual. As
datas do primeiro e segundo turnos, inicialmente em outubro, foram adiadas pelo
TSE exatamente por essa razão.
Com Informações Noticias R7