Uma
rodada de negócios entre o setor produtivo do plástico e as Associações de
Catadores de Materiais Reciclados do Estado fez parte da programação da 13ª
Semana do Plástico que abordou o tema: a economia criativa e suas
possibilidades de gerar negócios, descarte correto e reciclagem.
O
evento foi uma realização do Sindicato da Indústria de Material Plástico do
Espírito Santo (Sindiplastes), em parceria com a Federação da Indústria do
Espírito Santo (Findes) e a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas
Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), e aconteceu na última semana de
novembro.
Segundo
o presidente do Sindiplastes, Jackley Maifredo, o objetivo do encontro foi
proporcionar a aproximação entre os catadores de matérias reciclados com o
setor de transformação, ou seja, as indústrias do plástico.
“O
nosso esforço é mostrar para as empresas que elas podem produzir com o material
reciclado, além de mostrar para as associações de catadores que é possível
gerar valor com esse produto. Por isso, a nossa programação contemplou o
conhecimento do processo produtivo do plástico e uma rodada de negócios”,
destacou o presidente do Sindiplastes.
Para o
representante da Rede de Economia Solidária dos Catadores Unidos do Espírito
Santo (Reunes), Lucio Heleno Barbosa dos Santos, somente na região
Metropolitana da Grande Vitória, são retirados, todos os meses, cerca de 50
toneladas de plástico do Meio Ambiente. Porém, Lucio dos Santos explicou que
desse montante, apenas 60% do material é vendido e os outros 40% não tem
reciclabilidade, ou seja, não são reaproveitados pelas empresas. “É importante
a gente entender o processo de produção do plástico, pois isso vai interferir
na triagem desse material”, afirmou o representante da Reunes.
Segundo
a presidente da Associação de Catadores de Venda Nova do Imigrante (Ascaveni),
Rogéria Aparecida da Silva, o encontro entre os catadores e o setor produtivo
foi fundamental para o aprendizado dos empreendedores. “Estamos aprendendo
muito sobre o plástico e vamos colocar o aprendizado em prática,
principalmente, quando falamos de tampinha de garrafa. Se antes esse material
era perdido, agora não vamos perder nada”, disse.
Quem
também participou do encontro, foi a presidente da Rede de Catadores
Organizados da Região Norte, Mirani dos Santos Ferreira. Ela falou da
importância de promover esse tipo conhecimento. “Além de conhecer a importância
desse material para o mercado e o meio ambiente, também vamos conhecer como a
indústria quer receber esse material. Agora vamos fazer nossa triagem da forma
correta, já que esse material está em alta”, pontuou Mirani Ferreira.
A
representante da Associação de Catadores de Material Reciclável de São Gabriel
da Palha, Patrícia Teixeira de Abreu, disse que conheceu o processo pelo qual o
plástico passa, desde quando chega na Associação para triar, até voltar para o
mercado novamente.
Já Ana
Paula da Conceição Imberti, presidente da Associação de Materiais Recicláveis
do Município de Ibiraçu, disse que os catadores passaram por uma experiência
nova. “Todo aprendizado nos mostrou que podemos inovar a cada dia, inclusive,
com maquinário”.
De
acordo com a presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de
Iconha, Chirlene Nicolini Guio Pereira, todo conhecimento proporcionado pelo
encontro será colocado em prática. “Vamos ter um olhar diferente com a
separação do plástico e vamos trabalhar mais a conscientização das pessoas”,
alertou Chirlene Nicolini Guio Pereira.
O
superintendente do Sindiplastes, Gilmar Almeida Nogueira, adiantou que a partir
do início de 2021 será aberto, em parceria com a Aderes, um curso de
qualificação técnica do plástico para as Associações de Catadores de Materiais
Recicláveis.
Para o
diretor técnico da Aderes, Hugo Tofoli, esse é um segmento muito importante
para a Aderes, pois trabalha não só a inclusão de pessoas, mas também a geração
de renda e o cuidado com o meio ambiente, que são os três pilares do
desenvolvimento sustentável.
Assessoria de Comunicação da Aderes