'Golpe do PIX': operação mira suspeitos de fraude de R$ 2,6 milhões em banco

Com PIX, pagamento e transferência ficam mais fáceis de serem feitos, apenas com o celular ou smartphone. Serviço deixou a carteira em 'desuso' — Foto: Júlia Martins/g1

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quinta-feira (2), a segunda fase da Operação "Payback", que mira um grupo suspeito de fraudes bancárias. Os agentes começaram a cumprir cinco mandados de prisão, em Planaltina, e cinco mandados de busca e apreensão, em Ceilândia.

A corporação afirma que o esquema movimentou R$ 2,6 milhões. Segundo as investigações, em março deste ano, uma falha no aplicativo de um banco permitiu que o cancelamento de uma transferência por PIX retornasse ao cliente com crédito de valor idêntico, para a mesma conta usada na operação.

Por isso, segundo os investigadores, os suspeitos agendavam PIX já com a intenção de cancelar, e receber o valor do banco. Após a fraude, a Polícia Civil afirma que o dinheiro era transferido para outras contas ou utilizado para o pagamento de boletos e compras diversas.


Segundo os investigadores, alguns dos suspeitos fizeram várias transferências, entre R$ 50 mil e R$ 70 mil, para o pagamento de dívidas e de viagens para o exterior.

De acordo com a apuração, durante o período de falha da plataforma, influenciadores que sabiam do erro usaram a internet para ensinar como cometer a fraude. A Polícia Civil quer descobrir se a falha foi causada por alguém que trabalha na instituição financeira ou por um hacker.

Polícia Civil do DF cumpriu 21 mandados de prisão na primeira fase da Operação Payback — Foto: Polícia Civil/Reprodução

Primeira fase

Na primeira fase da operação, deflagrada em maio deste ano, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e 21 de prisão temporária.

Segundo a Polícia Civil, durante os depoimentos, alguns suspeitos confessaram a prática criminosa e deram detalhes do esquema importantes para a continuidade das investigações. A corporação informou ainda que alguns dos investigados chegaram a devolver os valores desviados.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos podem responder por furto mediante fraude eletrônica, com pena de 4 a 8 anos de prisão, e por associação criminosa, que prevê de 1 a 3 anos de reclusão.


Da Redação com G1


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